Bush diz que EUA devem ajudar rapidamente os refugiados afegãos

Ex-presidente diz estar 'confiante' de que os esforços de evacuação serão eficazes e pediu 'redução de burocracia' para agilizar processo neste momento

Reuters
George Bush
O ex-presidente dos Estados Unidos George Bush  • Foto: Theo Wargo / Getty Images (07.mai.2021)
Compartilhar matéria

O ex-presidente dos EUA George W. Bush, que lançou a "guerra ao terror" no Afeganistão e em outros lugares após os ataques de 11 de setembro de 2001, pediu ao atual governo dos EUA que agilizasse a ajuda aos refugiados afegãos após a rápida tomada do Taleban nos últimos dias.

"O governo dos Estados Unidos tem autoridade legal para reduzir a burocracia para refugiados durante crises humanitárias urgentes. E temos a responsabilidade e os recursos para garantir uma passagem segura para eles sem atrasos burocráticos", disse Bush em um comunicado.

O ex-presidente e a ex-primeira-dama Laura Bush disseram estar "confiantes de que os esforços de evacuação serão eficazes" com a ajuda das forças dos EUA. "Nossos aliados mais fortes, junto com ONGs privadas, estão prontos para ajudar."

Embora o casal tenha dito que sentiu "profunda tristeza" com os eventos que estão ocorrendo no Afeganistão, eles permaneceram "firmemente" otimistas de que o povo do país é resiliente, especialmente os afegãos mais jovens que cresceram longe da presença do Talibã nas últimas duas décadas.

 

Pronunciamento de Joe Biden 

Em seu primeiro pronunciamento após combatentes do Talibã tomarem o poder da capital do Afeganistão no domingo (15), Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, admitiu que o país cometeu erros, mas disse que não se arrepende de ter determinado a saída das tropas americanas do país.

"Nossa missão no Afeganistão teve muitos erros nas últimas décadas. Eu sou o presidente dos EUA e essa guerra acaba comigo. Não me arrependo da minha decisão de acabar com essa guerra e manter foco na nossa missão de contraterrorismo", afirmou Biden em um discurso televisionado nesta segunda-feira (16).

Biden destacou que as tropas não poderiam permanecer no país se nem mesmo as forças oficiais afegãs lutaram contra o Talibã.

"Os lideres desistiram e fugiram do país. As forças militares colapsaram, alguns tentaram lutar. Se o Afeganistão não consegue oferecer uma resistência ao Talibã, os militares americanos não conseguiriam fazer ali qualquer diferença", afirmou.