Centenas de manifestantes exigem "liberdade para a Palestina” na Alemanha

Governo alemão decidiu restringir exportações de armas para Israel após aumento no clamor público

Da Reuters
Centenas de pessoas protestam pela liberdade da Palestina em Berlim, na Alemanha
Centenas de pessoas protestam pela liberdade da Palestina em Berlim, na Alemanha  • Reuters
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Cerca de 250 manifestantes realizaram um protesto em Berlim neste sábado (9) para exigir "liberdade para a Palestina" e o fim do que chamaram de genocídio contra a população palestina. Alguns apoiadores de Israel estavam reunidos do outro lado da rua.

A manifestação no Checkpoint Charlie, um dos principais pontos turísticos de Berlim, onde tanques americanos e soviéticos se enfrentaram durante a Guerra Fria, permaneceu pacífica.

Um dia antes, os ministros das Relações Exteriores de Austrália, Alemanha, Itália, Nova Zelândia e Reino Unido condenaram veementemente a decisão do Gabinete de Segurança de Israel de lançar uma nova operação militar em larga escala na Faixa de Gaza.

O agravamento da crise humanitária em Gaza e os planos de Israel de expandir o controle militar sobre o território levaram a Alemanha a restringir as exportações de armas para Israel, uma medida impulsionada por um crescente clamor público.

Alemães pressionam por mudança em relação a Israel

De acordo com uma pesquisa da ARD-DeutschlandTREND divulgada na quinta-feira (7), um dia antes do anúncio de Merz, 66% dos alemães querem que o governo pressione mais Israel.

Esse número é maior do que em abril de 2024, quando cerca de 57% dos alemães acreditavam que o governo deveria criticar Israel com mais veemência do que antes por suas ações em Gaza, mostrou uma pesquisa da Forsa.

Apesar da Alemanha ter ajudado com o lançamento aéreo de ajuda humanitária em Gaza, 47% dos alemães acham que a administração federal está fazendo muito pouco pelos palestinos, contra 39% que discordam, mostrou a ARD-DeutschlandTREND desta semana.

O mais impressionante talvez seja o fato de que apenas 31% dos alemães sentem que têm uma responsabilidade maior por Israel devido à sua história – um princípio fundamental da política externa alemã – enquanto 62% não sentem.