Chefes de hospital são presos em caso de enfermeira assassina na Inglaterra

Funcionários foram detidos sob suspeita de homicídio culposo por negligência grave; Lucy Letby cumpre prisão perpétua por matar sete bebês

Michael Holden, Sachin Ravikumar e Kate Holton, da Reuters
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Três gerentes seniores do hospital onde trabalhava a enfermeira Lucy Letby, condenada por assassinar vários bebês, foram presos sob suspeita de homicídio culposo por negligência grave, informou a polícia britânica nesta terça-feira (1°).

Letby, de 35 anos, está cumprindo prisão perpétua após ser considerada culpada pelo assassinato de sete recém-nascidos e pela tentativa de homicídio de outros oito, entre junho de 2015 e junho de 2016.

O crime aconteceu na unidade neonatal do CoCH (Hospital Countess of Chester) no norte da Inglaterra.

A enfermeira, a pior assassina em série de crianças do Reino Unido nos tempos modernos, alegou inocência, mas teve o pedido de apelação negado contra as condenações.

Após a prisão, a polícia começou a investigar possíveis crimes de homicídio culposo corporativo no hospital, um inquérito que posteriormente foi ampliado para analisar se os indivíduos poderiam ser culpados de homicídio culposo por negligência grave.

O superintendente detetive Paul Hughes, que lidera a investigação, afirmou que três funcionários não identificados da equipe sênior de liderança do hospital foram presos na segunda-feira (30).

Eles foram posteriormente liberados sob fiança policial enquanto aguardam novas investigações.

“Tanto os elementos de homicídio culposo corporativo quanto por negligência grave da investigação continuam e não há prazos definidos para eles”, declarou Hughes em um comunicado.

Ele acrescentou que a investigação policial para apurar se Letby cometeu mais crimes no hospital e em outra unidade onde trabalhou anteriormente está em andamento.