China pede que Panamá “tome a decisão certa” após saída de projeto

País latino-americano tem sido pressionado pelos Estados Unidos, que questiona envolvimento da China no Canal do Panamá

Joyce Jiang e Edward Szekeres, da CNN
Presidente do Panamá, José Raúl Mulino
Presidente do Panamá, José Raúl Mulino  • 06/02/2025 Presidência do Panamá/Divulgação via REUTERS
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A China pediu ao Panamá neste sábado (8) que “tome a decisão certa” depois que a nação latino-americana anunciou que vai se retirar da Iniciativa do Cinturão e Rota de Pequim.

O vice-ministro das Relações Exteriores da China, Zhao Zhuyuan, se encontrou com o embaixador panamenho no país na sexta-feira (7).

Zhuyuan afirmou que Pequim "lamenta profundamente" a decisão de sair do plano global de desenvolvimento de infraestrutura, acrescentando que a medida "não se alinha com os próprios interesses vitais do Panamá", de acordo nota da chancelaria chinesa.

Após uma reunião com Marco Rubio, principal diplomata dos Estados Unidos, o presidente panamenho, José Raúl Mulino, ressaltou que seu país sairia da Iniciativa do Cinturão e Rota.

Isso é um golpe para a China, que havia acolhido o Panamá como o primeiro país latino-americano a aderir ao programa.

Zhao destacou o governo chinês espera que “o Panamá tome a decisão certa e elimine a interferência externa com base no interesse do relacionamento bilateral mais amplo e nos interesses de longo prazo dos povos de ambos os países”.

Donald Trump, presidente dos EUA, tem questionado e criticado o envolvimento da China no Canal do Panamá. Ele ameaçou “retomar” a hidrovia, acusando o país latino-americano de ceder o controle à nação asiática.

Não há evidências de que a China controle o canal, que é administrado por uma autoridade independente nomeada pelo governo panamenho. Pequim negou repetidamente interferir nas operações do canal.

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