Colômbia acusa dissidentes das Farc por explosão de carro-bomba

O ataque em Corinto deixou 43 pessoas feridas, incluindo 11 autoridades públicas

Pablo Relly, da CNN, em São Paulo*
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O governo da Colômbia acusou neste sábado (27) dissidentes do grupo guerrilheiro conhecido como Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) como os responsáveis pela explosão de um carro-bomba na cidade de Corinto, na província de Cauca, região oeste do país.

O ataque deixou 43 pessoas feridas, incluindo 11 autoridades públicas, e causou diversos danos materiais.

A explosão foi condenada pelo presidente da Colômbia, Iván Duque, e pela missão da Organização das Nações Unidas (ONU) no país. Duque classificou o ocorrido como um ataque terrorista.

"Expressamos nossa solidariedade com todos os afetados por esse ataque terrorista... com um carro-bomba na frente do gabinete do prefeito em Corinto", afirmou o ministro da Defesa, Diego Molano, em vídeo gravado no sábado.

O ataque foi realizado pela "coluna Dagoberto Ramos" um grupo dissidente das Farc. As Farc, enquanto grupo unitário, foram desmobilizadas, disse o ministro Molano.

Autoridades da Colômbia acusam dissidentes das Farc de ataque
Autoridades da Colômbia acusam dissidentes das Farc de ataque (27.mar.2021)
Foto: Reprodução / CNN

Medidas concretas precisam ser implementadas em regiões afetadas pela violência para proteger as comunidades e dar garantias de segurança, disse a missão de verificação da ONU na Colômbia em um comunicado.

Vários grupos criminosos agem na região e disputam a produção ilícita de coca e maconha, além de mineração ilegal.

Dissidentes da Farc rejeitaram um acordo de paz de 2016 que encerrou a parte do grupo no conflito armado na Colômbia, que deixou 260.000 mortos e milhões de pessoas deslocadas de suas casas.

(*com informações da Reuters)