Conservadores italianos podem ganhar maioria absoluta em eleições

Estudo aponta que o partido Irmãos da Itália lidera as pesquisas com mais de 22% de apoio da população

Angelo Amante, da Reuters, em Roma
Giorgia Meloni concorre nas eleições da Itália pelo partido "Irmãos da Itália"
Em caso de vitória do Irmãos da Itália, Georgia Meloni estaria na largada para se tornar primeira-ministra  • Alessandro Bremec/NurPhoto via Getty Images
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Um bloco de partidos conservadores, liderado pela extrema-direita Irmãos da Itália, parece ter uma clara maioria nas próximas eleições, que podem ocorrer já em setembro, segundo um estudo de pesquisas de opinião recentes.

O primeiro-ministro Mario Draghi apresentou sua renúncia na semana passada depois que movimento populista 5 Estrelas se recusou a apoiar o governo em um voto de confiança no Senado.

O presidente Sergio Mattarella rejeitou sua renúncia e pediu a Draghi que discursasse no Parlamento esta semana, esperando que a unidade retorne às fileiras do governo em um momento de tumulto internacional e tensão econômica.

No entanto, se a disputa na coalizão não for resolvida e Mattarella tiver que dissolver o Parlamento, os conservadores estão bem posicionados para obter uma vitória absoluta pela primeira vez desde 2008, de acordo com um levantamento das empresas YouTrend e Cattaneo Zanetto & Co.

O bloco de direita, incluindo o partido Liga, de Matteo Salvini, Forza Italia, de Silvio Berlusconi, e Irmãos da Itália, de Giorgia Meloni, ganharia até 221 assentos de 400 na Câmara Baixa e 108 de 200 no Senado.

Atualmente, o Irmãos da Itália lidera as pesquisas com mais de 22% de apoio, à frente do principal grupo de centro-esquerda, o Partido Democrático (PD).

Em caso de vitória, Meloni estaria na largada para se tornar primeira-ministra, embora pudesse nomear outra pessoa de seu campo se quisesse.

"Certamente, se esta crise levar a eleições antecipadas, provavelmente será uma grande vantagem para a centro-direita liderada por Giorgia Meloni", disse Lorenzo Pregliasco, chefe do YouTrend, à Reuters.