Coreia do Norte testa novo míssil balístico em direção ao Mar do Japão

Exercício militar acontece após o convite do presidente dos EUA, Donald Trump, para negociações com o líder Kim Jong-un

Da Reuters
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A Coreia do Norte testou um míssil balístico nesta sexta-feira (7) em direção ao mar, em direção ao Mar do Japão. 

O exercício militar acontece após lançamentos de mísseis nas últimas duas semanas e depois do convite do presidente dos EUA, Donald Trump, para negociações com o líder norte-coreano Kim Jong-un.

As Forças Armadas da Coreia do Sul informaram que o suposto míssil balístico de curto alcance foi lançado de uma área na região noroeste da Coreia do Norte, perto da fronteira com a China, percorrendo uma distância de cerca de 700 km.

Os sistemas de vigilância sul-coreanos e americanos detectaram preparativos para o lançamento e rastrearam o projétil em voo, informou o Exército.

O governo japonês também afirmou que a Coreia do Norte disparou o que poderia ser um míssil balístico, que, segundo ele, provavelmente caiu fora da zona econômica exclusiva do país.

A primeira-ministra do Japão, Sanae Takaichi, afirmou que não havia relatos confirmados de danos.

Relação entre Coreia do Norte e EUA

Encontro entre Donald Trump e Kim Jong-un • Reprodução/ CNN
Encontro entre Donald Trump e Kim Jong-un • Reprodução/ CNN

Durante sua visita à Coreia do Sul na semana passada, Trump reiterou sua disposição de se reunir com o líder norte-coreano Kim Jong Un, aumentando as expectativas de que os dois pudessem chegar a um acordo de última hora para se encontrarem.

Não houve reunião, mas Trump disse estar disposto a retornar à região para se encontrar com Kim.

Em 2019, os líderes se encontraram na vila de Panmunjom, na fronteira militar intercoreana, durante o primeiro mandato do presidente americano, quando ele visitava a região.

Kim não respondeu às últimas investidas de Trump, mas já havia dito que guardava "boas lembranças" de seu encontro com o presidente americano.

Segundo o líder norte-coreano, não havia motivo para evitar as negociações se Washington parasse de insistir para que seu país abandonasse suas armas nucleares.

Na quinta-feira (6), o Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte afirmou que o governo Trump estava "antagonizando" com o país ao impor sanções a seus funcionários e instituições por alegações de lavagem de dinheiro.

No início desta semana, o Secretário de Defesa americano, Pete Hegseth, durante uma visita, reafirmou o compromisso dos EUA com a aliança de segurança com a Coreia do Sul.

Ele disse que o foco das forças militares americanas estacionadas no país continua sendo o de dissuadir Pyongyang, apesar da visão de maior "flexibilidade" para suas forças armadas contra ameaças regionais.

No mês passado, antes da visita de Trump e do presidente chinês Xi Jinping à Coreia do Sul durante uma cúpula regional, a Coreia do Norte lançou vários mísseis balísticos de curto alcance, incluindo o que afirmou ser um míssil hipersônico, e mísseis de cruzeiro mar-superfície .