Correspondente da CNN na Síria detalha queda de Assad

Correspondente da CNN relata clima de júbilo na capital síria após a derrubada do regime de Bashar al-Assad, que fugiu para Moscou em busca de asilo

Da CNN
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Em uma reviravolta surpreendente no cenário geopolítico do Oriente Médio, o regime de Bashar al-Assad na Síria caiu após 14 anos de conflito civil. A correspondente da CNN Internacional Clarissa Ward relatou diretamente de Damasco o clima de euforia que tomou conta da capital síria após a declaração dos rebeldes de terem assumido o controle da cidade.

Segundo Ward, as ruas de Damasco foram tomadas por celebrações, com pessoas abraçando-se sobre carros, soltando fogos de artifício e distribuindo doces.

"Havia uma atmosfera elétrica de alegria, as pessoas estavam cheias de júbilo. Elas viam como uma vitória do povo, uma vitória para o povo", descreveu a jornalista.

Preocupações com o futuro

Apesar da euforia generalizada, Ward alertou para as preocupações existentes entre alguns grupos minoritários, especialmente os alauítas, etnia à qual pertence a família Assad. Há temores de possíveis represálias, embora líderes rebeldes tenham se apressado em prometer um governo pluralista e inclusivo.

"É preciso uma logística imensa, disciplina e generosidade nas próximas semanas e meses", afirmou Ward, destacando os desafios que o país enfrentará para manter a estabilidade após anos de conflito sangrento.

Impacto regional e internacional

A queda de Assad representa um abalo sísmico na geopolítica regional. Ward descreveu o evento como um "movimento de placas tectônicas" que afeta diretamente o equilíbrio de poder no Oriente Médio, enfraquecendo significativamente a influência do Irã e do Hezbollah na região.

Enquanto isso, a Rússia, tradicional aliada de Assad, parece ter optado por não intervir decisivamente, possivelmente devido ao seu envolvimento na guerra na Ucrânia.

A agência de notícias russa TASS informou que Assad e sua família pousaram em Moscou, onde receberam asilo por "razões humanitárias".

A comunidade internacional aguarda com expectativa os próximos desdobramentos, com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, preparando-se para fazer uma declaração sobre a situação na Síria. A presença de centenas de militares americanos no país adiciona uma camada extra de complexidade à situação já delicada.

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