Drone mostra navio de guerra dos EUA no Canal do Panamá

Embarcação militar faz parte de frota enviada por Donald Trump para combater narcotráfico no sul do Caribe, incluindo na proximidade da Venezuela

Reuters
Contratorpedeiro de mísseis guiados USS Sampson DDG-102 da Marinha dos EUA ancorado no Canal do Panamá
Contratorpedeiro de mísseis guiados USS Sampson DDG-102 da Marinha dos EUA ancorado no Canal do Panamá  • Reprodução/Reuters
Compartilhar matéria

Imagens feitas por drones neste domingo (31) mostraram o contratorpedeiro de mísseis guiados USS Sampson DDG-102 da Marinha dos EUA atracado perto da entrada do Canal do Panamá. O registro foi feito em meio a um grande acúmulo de forças navais americanas no sul do Caribe e arredores.

Sete navios de guerra americanos, juntamente com um submarino de ataque rápido com propulsão nuclear, estão na região ou devem chegar em breve, trazendo mais de 4.500 marinheiros e fuzileiros navais.

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que o combate aos cartéis de drogas é um objetivo central de seu governo, e autoridades americanas disseram à Reuters que o esforço militar visa lidar com as ameaças desses cartéis.

Não está claro exatamente como a presença militar americana interromperá o tráfico de drogas.

A maior parte do tráfico de drogas por via marítima chega aos Estados Unidos pelo Pacífico, não pelo Atlântico, onde estão as forças americanas, e grande parte do que chega pelo Caribe chega em voos clandestinos.

Tensão entre EUA e Venezuela

Ao atualizar os resultados das operações de combate ao narcotráfico na Venezuela neste domingo (31), o ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino, disse que seu país está pronto para lutar caso os EUA violem a soberania venezuelana.

“Apelamos à comunidade internacional para que reflita, um apelo ao respeito à soberania dos povos, um apelo à defesa do direito internacional, um apelo ao respeito mútuo entre as nações, e para que observe atentamente esta nova agressão do império norte-americano aqui nesta mesma região, sem necessidade de atravessar o Atlântico, aqui nesta mesma região que, como já dissemos, não impactará apenas a Venezuela, mas toda a região da América Latina e do Caribe. Não à guerra, trabalhemos juntos pela paz”, afirmou o ministro venezuelano.

Recompensa dos EUA por Maduro

A temperatura das relações entre EUA e Venezuela voltou a subir depois do anúncio, no dia 7 de agosto, dos Estados Unidos dobraram a recompensa por informações que levem à prisão do ditador Nicolás Maduro. O valor passou a ser de US$ 50 milhões.

A procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, acusou Maduro de colaborar com grupos como Tren de Aragua e o Cartel de Sinaloa. O chavista também é acusado de liderar o Cartel de Los Soles, que tem a existência questionada por críticos dos EUA.

Maduro nega as acusações.

 

Com informações da CNN.