Robert F. Kennedy Jr. suspende candidatura à Presidência dos EUA e apoia Trump
Ainda assim, candidato independente pediu votos
Robert F. Kennedy Jr. anunciou nesta sexta-feira (23) que suspendeu sua candidatura para a Presidência dos Estados Unidos e apoiou o republicano Donald Trump. Ele explicou em entrevista coletiva que entende não ter “um caminho para a vitória”.
“Não posso, em boa consciência, pedir à minha equipe e voluntários para que continuem trabalhando longas horas ou pedir aos doadores que continuem dando o que eu não posso honestamente dizer a eles que tenho um caminho real para a Casa Branca”, comentou.
“Não estou encerrando minha campanha, estou simplesmente suspendendo-a e não a encerrando. Meu nome permanecerá nas urnas na maioria dos estados”, explicou.
Kennedy pontuou que, embora seu nome estará em algumas cédulas, ele o removeria de 10 estados decisivos.
Em outro momento, ele destacou que apoia Donald Trump.
Ataque ao sistema eleitoral e ao Partido Democrata
Robert F. Kennedy Jr. criticou exigências de estados para que ele pudesse ser adicionado às cédulas de votação e pontuou que “em um sistema honesto, eu ganharia a eleição”.
Kennedy também fez várias críticas ao Partido Democrata, acusando a sigla de estar “desmanchando a democracia”. Em outro momento, comentou que a campanha de Kamala Harris não tem políticas de verdade.
As probabilidades de vitória de Kennedy diminuíam drasticamente – uma sondagem recente da CBS News mediu o seu apoio em apenas 2%.
Trump agradece apoio
O ex-presidente Donald Trump agradeceu a Robert F. Kennedy Jr. por seu “muito bom apoio” e antecipou que viajará para o Arizona, onde Kennedy deve estar.
“Quero agradecer a Bobby, foi muito legal”, disse Trump, acrescentando que “ele é um cara ótimo, respeitado por todos”.
Segundo uma fonte, Kennedy deve fazer campanha junto ao republicano.
Em outro momento da coletiva desta sexta, Kennedy afirmou que Trump pediu para “alistá-lo em sua administração”.
Ele informou que a oferta veio em duas reuniões com o ex-residente, a primeira nos dias após a tentativa de assassinato que o republicano sofreu, em julho, e uma segunda reunião semanas depois.
“Nessas reuniões, ele sugeriu que juntássemos forças como um partido de unidade. Falamos sobre a equipe de rivais de Abraham Lincoln, esse arranjo nos permitiria discordar publicamente, privadamente e furiosamente, se necessário, em questões sobre as quais diferimos, enquanto trabalhamos juntos nas questões existenciais sobre as quais estamos em concordância”, observou.
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