Em conversa com Putin, Trump expressa frustração com negociações de paz
Presidente dos EUA voltou a dizer que não está satisfeito com os ataques contínuos de Moscou à Kiev

O presidente dos EUA, Donald Trump, revelou nesta segunda-feira (25) que falou novamente com o líder russo, Vladimir Putin, deixando claro que está frustrado com os ataques contínuos da Rússia à Ucrânia.
"Toda conversa que tenho com ele é uma boa conversa", disse Trump a repórteres durante a assinatura de um decreto no Salão Oval, referindo-se a Putin. "E então, infelizmente, eles plantam uma bomba em Kiev ou em algum lugar, e eu fico muito bravo com isso."
Questionado se havia falado com Putin desde segunda-feira passada, o presidente dos EUA respondeu: "Sim". Ele também observou que a cúpula do Alasca com Putin o fez acreditar que o líder russo quer uma resolução com a Ucrânia.
O líder americano não ofereceu mais detalhes sobre qualquer cúpula bilateral ou trilateral formal envolvendo Putin e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, apesar das múltiplas reuniões recentes com ambos e líderes europeus.
Questionado sobre o motivo de Putin estar relutante em se encontrar com Zelensky, Trump respondeu sem rodeios na segunda-feira: "Porque ele não gosta dele", acrescentando: "Eles realmente não gostam um do outro".
Trump também indicou que ele e outros líderes ainda precisam conversar sobre garantias de segurança para a Ucrânia. Ele não ofereceu muitos detalhes, embora tenha descartado anteriormente o envio de tropas americanas para o local.
“Os meios aéreos dos Estados Unidos sobre os céus da Ucrânia são parte de uma garantia de segurança”, disse Trump. “Esses aviadores americanos também são garantias de segurança.”
Entenda a guerra na Ucrânia
A Rússia iniciou a invasão em larga escala da Ucrânia em fevereiro de 2022 e detém atualmente cerca de um quinto do território do país vizinho.
Ainda em 2022, o presidente russo, Vladimir Putin, decretou a anexação de quatro regiões ucranianas: Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia.
Os russos avançam lentamente pelo leste e Moscou não dá sinais de abandonar seus principais objetivos de guerra. Enquanto isso, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, pressiona por um acordo de paz.
A Ucrânia tem realizado ataques cada vez mais ousados dentro da Rússia e diz que as operações visam destruir infraestrutura essencial do Exército russo.
O governo de Putin, por sua vez, intensificou os ataques aéreos, incluindo ofensivas com drones.
Os dois lados negam ter como alvo civis, mas milhares morreram no conflito, a grande maioria deles ucranianos.
Acredita-se também que milhares de soldados morreram na linha de frente, mas nenhum dos lados divulga números de baixas militares. Os Estados Unidos afirmam que 1,2 milhão de pessoas ficaram feridas ou mortas na guerra.