Em estado de emergência, Equador prende 14 pessoas ligadas ao crime organizado

Detidos incluem juízes, advogados e policiais acusados de ajudar criminosos, em meio a onda de violência de gangues

Alexandra Valencia, da Reuters, em Quito
Área isolada onde promotor César Suárez foi morto em Guayaquil, no Equador
Área isolada onde promotor César Suárez foi morto em Guayaquil, no Equador  • 17/1/2024 REUTERS/Vicente Gaibor del Pino
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O procurador-geral do Equador disse nesta quarta-feira (3) que 14 pessoas foram presas em uma investigação sobre o crime organizado no país sul-americano.

Os presos incluem juízes, advogados e policiais acusados de ajudar criminosos perigosos a sair livres por meio de manobras legais, disse a procuradoria-geral.

Alguns dos detidos já foram acusados na chamada investigação de corrupção e crime organizado "Metástase", que já fez funcionários do judiciário e outros serem detidos em março e dezembro passado.

O Equador está enfrentando enormes picos de violência atribuídos pelas autoridades a gangues de narcotráfico. O presidente Daniel Noboa, que assumiu o cargo em novembro, declarou 22 grupos como terroristas e disse que o país está em guerra.

Noboa estendeu o estado de emergência no mês passado, permitindo que os militares participem dos esforços de combate à criminalidade. A medida expirará em 8 de abril.

O escritório do procurador-geral normalmente não divulga os nomes completos dos presos ou acusados.