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    Em meio a repressão a gangues, El Salvador começa a transferir presos para “megaprisão”

    Cerca de 2 mil pessoas ​​foram transferidas para a penitenciária, que tem capacidade para abrigar até 40 mil, considerada a maior das Américas

    Da Reuters

    O governo de El Salvador transferiu milhares de supostos membros de gangues para uma “megaprisão” recém-inaugurada na sexta-feira (24), na última etapa de uma polêmica repressão ao crime, que fez com que a população carcerária do país aumentasse.

    “Esta será sua nova casa, onde não poderão mais causar danos à população”, escreveu o presidente Nayib Bukele, no Twitter.

    Cerca de 2 mil membros de gangues acusados ​​foram transferidos para a prisão, que tem capacidade para 40 mil pessoas, considerada a maior das Américas.

    Em um vídeo postado por Bukele, prisioneiros de shorts brancos, com a cabeça raspada, são vistos correndo pela nova prisão para as celas. Muitos têm tatuagens de gangues.

    Bukele pediu a seus aliados no Congresso de El Salvador que aprovassem um estado de exceção no ano passado, que já foi prorrogado várias vezes, que suspende alguns direitos constitucionais, após um aumento nos assassinatos atribuídos a gangues violentas.

    Desde então, mais de 64 mil suspeitos foram presos. As prisões podem ser feitas sem mandado, as comunicações privadas são acessíveis pelo governo e os detidos não têm mais direito a um advogado.

    Organizações de direitos humanos argumentam que pessoas inocentes foram apanhadas, incluindo pelo menos dezenas de pessoas que morreram sob custódia policial.

    No entanto, a pressão anti-gangues de Bukele continua muito popular entre os salvadorenhos, e o ministro da Segurança do país disse à Reuters que continuará, até que todos os criminosos sejam capturados.

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