Em viagem aos EUA, príncipe saudita tenta retomar influência internacional
Esta será a primeira viagem de Mohammed bin Salman a Casa Branca desde o assassinato do crítico Jamal Khashoggi por agentes sauditas em Istambul, em 2018, que causou indignação mundial

A visita do príncipe saudita Mohammed bin Salman à Casa Branca para conversas com o presidente dos EUA, Donald Trump, nesta terça-feira (17) visa aprofundar a cooperação de décadas entre os países em petróleo e segurança, ao mesmo tempo que amplia os laços no comércio, tecnologia e, potencialmente, até mesmo na energia nuclear.
Esta será a primeira viagem de Mohammed bin Salman aos EUA desde o assassinato do crítico Jamal Khashoggi por agentes sauditas em Istambul, em 2018, que causou indignação mundial.
A inteligência americana concluiu que o príncipe saudita aprovou a captura ou o assassinato de Khashoggi.
O príncipe herdeiro, amplamente conhecido por suas iniciais MBS, negou ter ordenado a operação, mas reconheceu a responsabilidade como governante de fato do reino.
Mais de sete anos depois, a maior economia do mundo e o maior produtor mundial de petróleo querem seguir em frente.
Trump busca capitalizar a promessa de investimento de US$ 600 bilhões feita pela Arábia Saudita durante sua visita ao reino em maio deste ano.
Ele evitou mencionar preocupações com direitos humanos durante aquela viagem e espera-se que faça o mesmo novamente.
O líder saudita busca garantias de segurança em meio à turbulência regional e deseja ter acesso à tecnologia de inteligência artificial e avançar rumo a um acordo sobre um programa nuclear civil.
"Uma página foi virada" em relação ao assassinato de Khashoggi, disse Aziz Alghashian, professor de relações internacionais da Universidade Árabe Naif de Ciências da Segurança, com sede na Arábia Saudita.


