Embaixadora do Brasil fala sobre entraves às exportações com vice de Maduro

Segundo fontes do Itamaraty, após reunião, entrada de produtos brasileiros na fronteira com a Venezuela começou a se normalizar

Luciana Taddeo e João Nakamura, da CNN, em Buenos Aires e São Paulo
Vice-presidente do regime de Nicolás Maduro, Delcy Rodríguez (esquerda), e Embaixadora do Brasil em Caracas, Glivânia Maria de Oliveira (direita)
Vice-presidente do regime de Nicolás Maduro, Delcy Rodríguez (esquerda), e Embaixadora do Brasil em Caracas, Glivânia Maria de Oliveira (direita)  • Reprodução CNN Brasil
Compartilhar matéria

A embaixadora do Brasil em Caracas, Glivânia Maria de Oliveira, conversou, nesta quinta-feira (31), sobre os recentes entraves impostos às exportações brasileiras pela Venezuela com a vice-presidente do regime de Nicolás Maduro, Delcy Rodríguez.

A reunião ocorre dias após exportadores brasileiros serem pegos de surpresa, na semana passada, quando o país vizinho deixou de aceitar um regime de isenção tarifária que permitia que produtos nacionais cruzassem a fronteira sem cobrança de alíquotas.

Após tratativas, a Venezuela voltou a isentar a mercadoria brasileira, mas exportadores relataram à CNN que desde a última terça (28), voltaram a ter problemas, desta vez com o sistema de importação venezuelano fora do ar.

De acordo com fontes do Itamaraty, os entraves foram abordados na reunião com a vice de Maduro e há sinais de que o fluxo comercial na fronteira com Roraima está sendo normalizado.

 

Nas redes sociais, a vice de Maduro afirmou que a agenda bilateral entre os países foi revisada, incluindo “a cooperação econômica comercial, com o objetivo de continuar aprofundando e fortalecendo as relações entre ambos os países, em prol do desenvolvimento de dois povos irmãos”.

Após as questionadas eleições presidenciais do ano passado e a recusa do regime de Maduro de apresentar atas eleitorais que comprovassem os resultados anunciados pelo órgão eleitoral, o governo brasileiro não reconheceu a vitória do chavista.

Com as relações estremecidas, o Brasil vetou a entrada da Venezuela no Brics, bloco de países emergentes, o que gerou expressões de repúdio e ataques verbais ao assessor internacional do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Celso Amorim, pelo regime de Maduro.