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    Entenda o significado da sigla COP e o que esperar da cúpula no Brasil

    País receberá pela primeira vez reunião do clima da ONU, que será sediada em Belém do Pará

    Isabela Filardida CNN , Em São Paulo

    A Cúpula Climática da Organização das Nações Unidas (ONU) de 2025, a COP30, acontecerá entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025 em Belém, capital do Pará.

    Esta será a 30ª edição do encontro e deve contar com representantes de 193 países.

    A COP visa unir líderes de diversas nações e atores da sociedade civil para discutir formas de desacelerar as mudanças climáticas e amenizar os impactos que já vivemos.

    Segundo o governo brasileiro, essa também é uma oportunidade histórica para o Brasil reafirmar seu papel de liderança nas negociações sobre clima e sustentabilidade global.

    Um dos focos do país será demonstrar os esforços brasileiros em áreas como energias renováveis, biocombustíveis e agricultura de baixo carbono, relembrado a atuação em processos multilaterais, como a Eco-92 e a Rio+20, outras cúpulas da ONU.

    O que significa a sigla COP?

    COP significa “Conferência das Partes” (Conference of the Parties, em inglês) e representa a associação de todos os países-membros (ou partes) que se reúnem anualmente, por um período de duas semanas, para avaliar a situação das mudanças climáticas no planeta.

    Ela é a maior e mais importante conferência anual relacionada ao clima promovida pela organização.

    A origem está ligada à ECO-92 (Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento), organizada há 33 anos pela ONU no Rio de Janeiro. Na ocasião, 197 países assinaram um tratado para estabilizar as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera.

    A primeira COP aconteceu em 1994, em Berlim, quando o tratado assinado em 1992 entrou em vigor.

    Cúpula virou tradição e última foi no Azerbaijão

    Desde então, a ONU convoca anualmente todos os países para a cúpula. No ano passado, líderes de 198 nações-membro participaram da reunião em Baku, no Azerbaijão.

    Dada a resistência dos países desenvolvidos, a COP29 de Baku chegou a um acordo muito fraco do ponto de vista de financiamento para países pobres pagarem os custos das mudanças climáticas.

    Os países ricos aceitaram oferecer, por meio de verbas públicas, privadas e multilaterais, no máximo US$ 300 bilhões por ano em ações climáticas para o mundo em desenvolvimento.

    Especialistas avaliam que seria necessário um montante de pelo menos US$ 1,3 trilhão por ano.

    Além disso, até hoje os ricos não conseguiram sequer chegar aos US$ 100 bilhões anuais prometidos anteriormente.

    Brasil no centro da cúpula

    Pressionado devido a pouca efetividade e acordos fracos da última conferência, as expectativas para a recepção brasileira do evento estão altas.

    A COP30 busca conquistar avanços em relação ao financiamento climático.

    A cúpula do clima de Belém tem três objetivos principais:

    • Fazer um grande balanço dos 10 anos do Acordo de Paris;
    • Rever as metas climáticas de quase 200 países;
    • Definir objetivos ainda mais ambiciosos para garantir que o aquecimento do planeta não ultrapasse o 1,5 °C, em média, em relação aos registros de antes da era pré-industrial;

    Os principais desafios incluem alinhar os compromissos de países desenvolvidos e em desenvolvimento em relação ao financiamento climático, garantir que as metas de redução de emissões sejam compatíveis com a ciência climática e lidar com os impactos socioeconômicos das mudanças climáticas em populações vulneráveis.

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