Escócia finaliza consulta para referendo que pode separar país do Reino Unido
Primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, afirmou que o referendo sobre a independência da Escócia pode ocorrer até 2023, caso seu partido tenha maioria
A Escócia realizou nesta quinta-feira (6) uma eleição parlamentar que reflete diretamente na possibilidade de haver um novo referendo de independência que irá decidir se o país continua sendo parte do Reino Unido. A primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, afirmou que “Johnson deve respeitar a democracia”, referindo-se ao primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.
Normalmente, os resultados são anunciados durante a noite, com a contagem iniciada logo após o encerramento da votação. Entretanto, devido à pandemia do novo coronavírus, os votos não serão contados até a manhã seguinte. Pouco mais de um terço dos resultados será anunciado na sexta-feira (7) e o restante será anunciado no sábado (8).
A primeira-ministra da Escócia afirmou, na quinta-feira, que o primeiro-ministro britânico Boris Johnson não tem o direito de se opor à independência escocesa se é isso que o povo da Escócia deseja.
“Basta respeitar a democracia, qualquer político tem o dever de respeitar a democracia e isso se aplica a mim, se aplica a Boris Johnson, você sabe, é inteiramente legítimo para Boris Johnson se opor apaixonadamente à independência assim como eu apoio apaixonadamente, mas ele não tem o direito de ficar no caminho do povo da Escócia fazer essa escolha. Cabe à Escócia decidir o futuro do país, não para qualquer político individual, seja eu ou Boris Johnson”, afirmou Sturgeon.
Sturgeon, que lidera o Partido Nacional Escocês pró-independência (SNP), descreveu a eleição como a mais importante da história de seu país.
A Escócia está votando em uma eleição parlamentar que pode desencadear um confronto com o primeiro-ministro britânico Boris Johnson. A premiê escocesa prometeu exigir poderes legais para um referendo sobre a independência da Escócia até o final de 2023, caso seu partido ganhe a maioria no parlamento com 129 assentos em Edimburgo.
Boris Johnson já disse que recusaria qualquer pedido, pois considera o assunto encerrado desde o referendo de 2014. Entretanto, uma vitória do SNP aumentaria a pressão sobre ele, dizem os analistas.
Com informações da Reuters