EUA: Mulher é achada viva duas horas depois de ser declarada morta em funerária
Idosa de 74 anos recebia cuidados paliativos em asilo de Nebraska
Uma mulher foi declarada morta em uma casa de repouso no estado do Nebraska, nos Estados Unidos, na segunda-feira (3). Duas horas depois, descobriu-se que a mulher que alguns pensavam já ter dado o último suspiro não era um cadáver. Um funcionário de uma funerária da cidade de Lincoln detectou sinais de vida enquanto iniciava os procedimentos.
“Este é um caso muito incomum, faço isso há 31 anos e nada parecido chegou a esse ponto antes”, disse o chefe adjunto do xerife do Condado de Lancaster, Ben Houchin, em entrevista coletiva na tarde de segunda-feira (3).
Segundo o funcionário do gabinete do xerife, na ocasião, as autoridades não foram informadas porque a mulher estava sob cuidados paliativos, o último passo antes da morte para muitos, por isso não foram atendidas as diretrizes que exigiriam o envio de um legista.
Constance Glantz, de 74 anos, respirava enquanto os funcionários da funerária preparavam o que pensavam ser seu cadáver, pouco antes do meio-dia, no horário local, de segunda-feira (3), disse Houchin aos repórteres.
A equipe da casa de repouso Mulberry em Waverly, a nordeste de Lincoln, declarou Glantz morta às 9h44, afirmou a autoridade.
O que então se pensava ser o corpo sem vida de Glantz foi levado da casa de repouso para a Casa Funerária Lincoln, explicou Houchin.
Segundo o policial, enquanto a equipe da funerária colocava Glantz em uma mesa “para iniciar seu processo”, um funcionário percebeu que ela estava respirando.
“Eles ligaram imediatamente para o 911”, disse Houchin. A Polícia de Lincoln e membros do departamento de bombeiros e resgate da cidade responderam, “e ela foi levada para um hospital local e ainda está viva”, acrescentou.
A ligação da Casa Funerária Lincoln, que KOLN, afiliada da CNN, chamou de Butherus-Maser & Love, ocorreu por volta das 11h45, no horário local, duas horas depois de Glantz ter sido declarada morta, disse Houchin.
Detalhes sobre a condição de Glantz na noite de segunda-feira (3) não estavam disponíveis imediatamente. A CNN solicitou comentários da casa de repouso em Waverly e da funerária em Lincoln.
A família de Glantz foi informada da situação, disse Houchin. O gabinete do xerife iniciou uma investigação e visitou a casa de repouso em Waverly, disse o funcionário.
“Neste momento não conseguimos encontrar qualquer intenção criminosa por parte do lar de idosos, mas a investigação está em curso”, acrescentou.
O policial também informou aos repórteres que não tinha certeza sobre quantas pessoas viram Glantz entre sua suposta morte e o momento em que ela foi vista respirando na mesa de uma funerária, mas achava que normalmente pelo menos duas pessoas estavam envolvidas no transporte de um corpo.
“Tenho certeza que a casa de repouso e todos os outros vão olhar para o que aconteceu e ver se novos protocolos precisam ser criados e se todos foram seguidos”, disse.
Glantz estava recebendo cuidados paliativos na casa de repouso, relatou o chefe adjunto.
A suposta morte não estava dentro dos parâmetros que exigiriam uma investigação do legista, e é por isso que nenhum legista ou policial foi enviado para a casa de repouso quando inicialmente se pensou que ela havia morrido, disse Houchin.
“Trata-se de uma ‘morte antecipada de uma paciente’ – que foi o que aconteceu – e um médico a tratou nos últimos sete dias e está disposto a assinar o atestado de óbito, e que não havia nada suspeito naquele momento da morte. É por isso que (o gabinete do xerife) não foi inicialmente enviado para a casa de repouso”, explicou.