EUA: “Ninguém deve se surpreender” se Rússia criar incidente para justificar invasão
Principal diplomata dos EUA, Antony Blinken disse que russos podem instigar provocação para justificar ação militar que já estava planejada o tempo todo

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, disse neste sábado que “ninguém deve se surpreender se a Rússia instigar uma provocação ou incidente que depois será usado para justificar uma ação militar que planejou o tempo todo”.
O principal diplomata dos EUA, falando em uma coletiva de imprensa conjunta no Havaí com seus colegas sul-coreanos e japoneses, disse que “o risco de ação militar russa é alto o suficiente e a ameaça é iminente o suficiente” para ordenar que a maioria dos diplomatas americanos deixe a Ucrânia é “a coisa prudente a fazer.”
No sábado, o Departamento de Estado “ordenou a saída da maioria dos funcionários contratados diretos dos EUA da Embaixada de Kiev devido à contínua ameaça de ação militar russa” e suspenderá os serviços consulares em Kiev neste domingo (13). Ele cuidará dos serviços de emergência em Lviv.
“Uma equipe central permanecerá na Ucrânia com nossos dedicados colegas ucranianos, enquanto continuamos trabalhando incansavelmente para resolver esta crise por meio da dissuasão e da diplomacia”, disse Blinken.
Falando sobre sua ligação no sábado com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, Blinken disse que levantou “sérias preocupações dos Estados Unidos de que Moscou possa estar considerando lançar um ataque militar contra a Ucrânia nos próximos dias” e enfatizou que o caminho diplomático permanece aberto.
“Em nossa ligação, o ministro Lavrov disse que os russos estão trabalhando em uma resposta ao documento que enviamos a Moscou há mais de duas semanas, propondo áreas concretas para discussão”, disse Blinken.
“Resta saber se eles seguirão isso, mas se o fizerem, estaremos prontos para nos envolver com nossos aliados e parceiros”, disse ele.
Blinken disse que ele, o ministro das Relações Exteriores da Coreia do Sul, Chung Eui-yong, e o ministro das Relações Exteriores do Japão, Yoshimasa Hayashi, também “discutiram a ameaça que a agressão da Rússia representa não apenas para a Ucrânia, mas para toda a ordem internacional baseada em regras” durante sua reunião em Honolulu.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia acusou na sexta-feira os países ocidentais e a imprensa de espalhar uma “campanha de desinformação em larga escala” sobre uma invasão russa da Ucrânia supostamente iminente “para desviar a atenção de suas próprias ações agressivas”.
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Um soldado ucraniano caminha por uma trincheira em Svitlodarsk, na Ucrânia, no dia 11 de fevereiro
Crédito: Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images - 2 de 14
Duas militares ucranianas fazem uma pausa em um refeitório na trincheira em Pisky, Ucrânia
Crédito: Gaelle Girbes/Getty Images - 3 de 14
Voluntários paramilitares da Legião Nacional da Geórgia dão instruções a dois meninos (à dir.) sobre técnicas de tiro em Kiev, Ucrânia. A Legião Nacional da Geórgia viu um aumento nos pedidos de adesão e no número de participantes em seus cursos de treinamento no mês passado
Crédito: Chris McGrath/Getty Images - 4 de 14
As forças armadas russas e bielorrussas participam do exercício militar "Allied Determination 2022", na Bielorrússia, em 11 de fevereiro de 2022. A segunda fase dos exercícios está prevista para durar até 20 de fevereiro
Crédito: BELARUSÂ DEFENSE MINISTRY/Anadolu Agency via Getty Images - 5 de 14
Navio de desembarque da Marinha russa cruza o estreito de Bósforo a caminho do Mar Negro, no dia 9 de fevereiro, em Istambul, Turquia. O Ministério da Defesa da Rússia disse que seis grandes navios estão se movendo do Mediterrâneo para o Mar Negro, onde participarão dos exercícios já em andamento
Crédito: Burak Kara/Getty Images - 6 de 14
Sistemas de mísseis de defesa aérea S-400 Triumf durante os exercícios militares conjuntos "Allied Determination 2022" realizados por tropas bielorrussas e russas
Crédito: Russian Defence Ministry/TASS - 7 de 14
Soldados russos e bielorussos em exercícios militares na fronteira
Crédito: BELARUS DEFENSE MINISTRY/Anadolu Agency via Getty Images - 8 de 14
Imagens de satélite mostram militares no aeródromo de Oktyabrskoye e Novoozernoye, na Crimeia, no aeródromo de Zyabrovka perto de Gomel, em Belarus, e em área de treinamento de Kursk, no oeste da Rússia
Crédito: Maxar Technologies - 9 de 14
Soldados dos EUA chegam à base militar de Mihail Kogalniceanu, na Romênia, em 11 de fevereiro
Crédito: Alexandra Stanescu /Anadolu Agency via Getty Images - 10 de 14
Equipamento militar do Exército dos EUA, que está sendo transportado da Alemanha para a Romênia, é visto dentro de uma base militar, no dia 10 de fevereiro, na Romênia. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ordenou o envio de 3.000 soldados adicionais para reforçar os contingentes militares de países membros da OTAN
Crédito: Andreea Campeanu/Getty Images - 11 de 14
Veículos militares do Exército dos EUA circulam na área de treinamento militar de Grafenwoehr. O Exército dos EUA está transferindo cerca de 1.000 soldados, incluindo tanques e veículos militares, de sua base em Vilseck, no Alto Palatinado, para a Romênia
Crédito: Armin Weigel/picture alliance via Getty Images - 12 de 14
Soldado ucraniano é visto saindo de Svitlodarsk, na Ucrânia, em 11 de fevereiro de 2022
Crédito: Wolfgang Schwan/Agência Anadolu/Getty Images - 13 de 14
Biden diz a Putin que EUA vão reagir com “consequências severas” se Rússia invadir Ucrânia
Crédito: Wolfgang Schwan/Agência Anadolu/Getty Images - 14 de 14
Equipamentos militares e soldados do exército dos EUA em base temporária em Mielec, Polônia, em 12 de fevereiro de 2022
Crédito: Anadolu Agency/Getty Images