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    Exclusivo CNN: Petro anuncia encontro com Lula no México para debater Venezuela

    Em entrevista exclusiva à CNN, colombiano disse que países pretendem chegar a posição comum sobre crise

    Da CNN

    O presidente colombiano Gustavo Petro anunciou que haverá uma reunião entre ele e os presidentes do Brasil e do México para buscar soluções políticas para a crise Venezuela. A previsão do encontro foi revelada em entrevista exclusiva à CNN.

    Uma reunião bilateral entre o líder colombiano e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estava marcada para esta quarta-feira (25), mas acabou cancelada por incompatibilidade de agendas, segundo fontes do governo brasileiro.

    “Vamos nos reunir aqui, em Nova York, e depois no México, na mudança presidencial, para construir uma posição comum de Brasil, México e Colômbia sobre o problema sem saída em que a Venezuela ficou”, disse ele à CNN, antes de que a reunião com Lula nos Estados Unidos fosse desmarcada.

    Assim como Lula irá ao México para a posse da presidente eleita do México, Claudia Sheinbaum, na semana que vem. Segundo ele, o propósito dos três países é “que haja uma solução política na Venezuela”. “E a solução política na Venezuela é dos e das venezuelanos”, ressaltou.

    O presidente venezuelano disse que os governos da Colômbia, do Brasil e do México concordaram que sem a publicação das atas eleitorais que corroborem os resultados do pleito presidencial, a suposta vitória de Nicolás Maduro não será reconhecida.

    “Concordamos em um ponto com o presidente Lula, sem a apresentação das atas não tem reconhecimento. Com o governo mexicano chegamos a este acordo”, afirmou.

    Questionado sobre como fica a situação na Venezuela, o presidente colombiano disse considerar que as eleições no país não foram livres e que o processo prévio ao pleito foi “errôneo”.

    “O processo prévio das eleições foi errôneo porque se colocou uma sociedade para disputar o poder político sem liberdade. Não houve nem liberdade para a oposição, porque seu principal candidato não participa e isso é um problema hoje porque: com quem se fala da oposição?”, questionou.

    Para ele, também não houve liberdade do governo Maduro, que é alvo de sanções internacionais. “Um país sob sanções econômicas não é livre”, pontuou.

    “Tudo o que tinha sido falado no México, em Barbados e na própria Colômbia, para que houvesse eleições livres, não aconteceu”, disse, sobre diálogos e negociações como o Acordo de Barbados, facilitado pelo Brasil e assinado no final do ano passado, para que existissem garantias políticas para o pleito.

    Petro definiu a situação de impasse no país como uma “armadilha”: “Agora estamos em uma armadilha, porque tem uma oposição que se sente governo e não está no governo e um governo que não deixou as atas serem vistas, e que portanto não pode legitimar as eleições, mas que está no governo. E duas posições completamente polarizadas e distanciadas”, avaliou.

    Ele também ressaltou o papel das eleições norte-americanas marcadas para novembro, que podem incidir no processo venezuelano.

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