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    Filipinas prepara para exercício militar com EUA em meio a tensão com China

    Ação também é chamada de “ensaio de defesa” e deverá incluir pelo menos cinco mil soldados filipinos

    Karen Lemada Reuters

    Os Estados Unidos estão enviando cerca de nove mil soldados para as Filipinas para os exercícios militares conjuntos deste ano, à medida que os aliados fortalecem os laços em meio às tensões com a China sobre as atividades do país no Mar do Sul da China e em Taiwan.

    Os exercícios anuais, que o Exército filipino descreveu nesta terça-feira (15) como um ensaio para a defesa nacional, incluirão cinco mil soldados filipinos, 200 da Força de Defesa da Austrália e observadores da Força de Autodefesa do Japão.

    Pela primeira vez, observadores de países como a Polônia e a República Tcheca também participarão.

    Embora o número de tropas deste ano seja menor do que os 17.600 de 2023, ele será mais propositivo, disse o general de brigada Michael Logico, porta-voz do evento, em uma coletiva de imprensa.

    Os exercícios anuais “Balikatan”, ou “ombro a ombro”, refletem o aprofundamento dos laços de defesa entre os dois aliados, à medida que as tensões aumentam no Mar do Sul da China e em torno de Taiwan, onde a China recentemente realizou exercícios militares em grande escala.

    O Mar do Sul da China continua a ser uma fonte de tensão entre a China e as nações do Sudeste Asiático, com os laços entre Pequim e Manila em seu pior momento em anos, em meio a confrontos frequentes que provocaram preocupações com um conflito militar.

    O exercício militar se aproxima de “um teste de batalha completo, o que significa que agora estamos tratando o exercício como um ensaio para nossa defesa”, disse Logico.

    Os exercícios enfatizarão a interoperabilidade entre os domínios, incluindo a defesa marítima e aérea, e se estenderão de Palawan até as ilhas do norte de Luzon — áreas da região do Mar do Sul da China e de Taiwan.

    Os locais não foram aleatórios, explicou ele, acrescentando que “os exercícios por si só também podem ajudar a resistir às operações de influência de outras nações”.

    Apoio dos Estados Unidos 

    Durante uma visita no mês passado, o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, reafirmou o compromisso “férreo” de Washington com o Tratado de Defesa Mútua com as Filipinas, que existe há décadas.

    Hegseth prometeu implantar recursos avançados para os exercícios nas Filipinas, incluindo o sistema de mísseis anti-navio NMESIS, para deter ameaças, incluindo a “agressão” chinesa, que, segundo o general, já está no país.

    Os exercícios do ano passado viram a estreia do sistema de capacidade de médio alcance do Exército dos EUA, também conhecido como sistema de mísseis Typhon que podem atingir a China e a Rússia, atraindo críticas da China.

    “Todo país, grande ou pequeno, tem o direito absoluto e inalienável de se defender e treinar para essa defesa com nossos parceiros, nossos aliados do tratado”, afirmou Logico.

    Os exercícios serão realizados de 21 de abril a 9 de maio.

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