Força de segurança à Ucrânia incluirá participação dos EUA, diz Macron

Anteriormente, o líder francês afirmou que garantias da Europa à Kiev envolveriam tropas e forças navais turcas, além de soldados britânicos e franceses

Eve Brennan, Joseph Ataman e Billy Stockwell, da CNN
Presidente francês Emmanuel Macron  • 13/8/2025 PHILIPPE MAGONI/Pool via Reuters
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O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou pela primeira vez nesta terça-feira (25) que as garantias de segurança lideradas pela Europa à Ucrânia incluiriam os Estados Unidos.

Durante a reunião virtual da chamada “Coalizão dos Dispostos”, que contou com a presença do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e de outros 25 líderes mundiais, Macron afirmou que um grupo de trabalho começaria a elaborar uma proposta na quarta-feira (26) sobre a contribuição dos aliados para uma força de segurança a ser enviada à Ucrânia após o estabelecimento de um cessar-fogo.

A presença do secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, no encontro virtual marca a primeira vez que um representante americano participa de uma reunião da Coalizão, algo que, segundo uma fonte do governo francês, é importante, acrescentando que o grupo em breve mudará seu nome para "Coalizão pela Paz".

 

A fonte acrescentou que, embora as contribuições exatas dos aliados ucranianos para a força de segurança ainda não tenham sido definidas, a participação dos EUA provavelmente servirá como apoio para outras forças aliadas que estão sendo mobilizadas longe das zonas de combate da linha de frente.

No encontro, a França e o Reino Unido estiveram à frente da implementação de segurança internacional.

Macron anunciou anteriormente que as garantias de segurança lideradas pela Europa para a Ucrânia envolveriam tropas e forças navais turcas, além de soldados britânicos e franceses.

"Não pode haver cessar-fogo ou paz se os ucranianos não puderem confiar que os russos não invadirão novamente", disse a fonte.

Segundo a fonte do Palácio do Eliseu, Rubio, durante a ligação, compreendeu a importância de a Ucrânia tomar as suas próprias decisões relativamente a algumas áreas das negociações de paz propostas e acrescentou que os americanos iriam agora levar o plano de paz a análise do Kremlin. 

A fonte do Palácio do Eliseu também afirmou que houve "bons progressos" na reunião sobre a utilização de ativos russos congelados na Europa.

Embora a decisão final sobre a sua utilização – que dividiu a Europa – só seja tomada no começo do Conselho Europeu em dezembro, a fonte comentou que a utilização dos fundos demonstraria a Kiev e Moscovo que a Ucrânia pode manter-se firme.