Estados Unidos reforçam presença militar em Porto Rico
Mobilização acontece em meio à ameaça do presidente americano de iniciar uma ofensiva terrestre na Venezuela

As forças armadas dos Estados Unidos realizaram exercícios militares nos aeroportos de Ponce e Aguadilla, em Porto Rico, nesta sexta-feira (19), em meio à campanha de pressão do presidente americano Donald Trump sobre o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
Nas últimas semanas, os EUA realizaram ataques contra embarcações suspeitas de tráfico de drogas na região, apreenderam um petroleiro sujeito a sanções na costa da Venezuela e declararam um "bloqueio" a todos os petroleiros sujeitos a sanções que entram e saem da Venezuela.
Trump também afirmou repetidamente que ataques terrestres na Venezuela ocorrerão em breve.
Maduro e seu governo negam veementemente qualquer ligação com o crime organizado e afirmam que os EUA buscam depô-lo para assumir o controle das vastas reservas de petróleo da Venezuela.
EUA aumentam pressão contra Venezuela
Os Estados Unidos enviaram aeronaves, veículos, milhares de soldados e um grupo de ataque de porta-aviões das Forças Armadas para o Caribe em setembro, sob a premissa de combate ao narcotráfico.
As operações incluem diversos ataques contra barcos tanto no Caribe quanto no Pacífico que supostamente estariam transportando drogas. Porém, foram levantados questionamentos sobre a legalidade dessas ações.
Além dos ataques contra embarcações, os EUA também pressionam o regime de Nicolás Maduro, ditador da Venezuela, que é acusado pela Casa Branca de ter relação com o narcotráfico e o Cartel de Los Soles.
Segundo fontes consultadas pela CNN, o governo de Donald Trump está elaborando planos para "o dia seguinte" à deposição de Maduro, mas ainda não foi tomada uma decisão sobre um ataque direto ao país.
Trump conversou por telefone com Maduro no final de novembro, poucos dias antes de os EUA o classificarem como integrante de uma organização terrorista estrangeira. O venezuelano teria recebido um ultimato para deixar o poder e o país, mas o descumpriu.


