Governadores consideram enviar Guarda Nacional a cidades "abuso de poder"

Em declaração conjunta, 19 líderes democratas condenaram os planos de Trump de enviar agentes para outros locais

Da CNN Brasil
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Governadores democratas de 19 estados dos EUA emitiram uma declaração conjunta nesta quinta-feira (29) condenando os planos do presidente Donald Trump de enviar a Guarda Nacional para outras cidades, após medidas semelhantes em Los Angeles e Washington.

“Seja em Illinois, Maryland e Nova York ou em outro estado amanhã, as ameaças e os esforços do presidente para enviar a Guarda Nacional de um estado sem a solicitação e o consentimento do governador desse estado são um abuso de poder alarmante, ineficaz e minam a missão de nossos militares. Essa interferência federal caótica na Guarda Nacional de nossos estados deve chegar ao fim.”

Dezenove governadores democratas – incluindo alguns que já se opuseram ao governo, como Kathy Hochul, de Nova York, Wes Moore, de Maryland, JB Pritzker, de Illinois, e Gavin Newsom, da Califórnia – assinaram a declaração.

A CNN noticiou que, após o envio da Guarda Nacional para reprimir protestos em Los Angeles e reduzir o crime na capital do país, o governo Trump busca expandir sua agenda anticrime em Chicago. O presidente também afirmou que analisará Nova York.

No início desta semana, Trump assinou um decreto estabelecendo "unidades especializadas" na Guarda Nacional que serão "especificamente treinadas e equipadas para lidar com questões de ordem pública" — sinal de que ele pretende expandir o papel das Forças Armadas dos EUA nas atividades policiais domésticas em todo o país.

O presidente disse a repórteres na segunda-feira (25) que "pode ​​ou não" esperar até que os governadores solicitem tropas da Guarda Nacional antes de ordenar o envio de tropas para combater o crime.

"Podemos simplesmente entrar em ação e fazer isso, o que provavelmente é o que devemos fazer", disse Trump.

Trump recebeu certos poderes presidenciais que poderia usar para enviar a Guarda Nacional e agências federais de segurança pública a cidades americanas para reprimir o crime — embora tal medida seja inédita e, segundo alguns especialistas e líderes locais, ilegal.

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