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    Grupo com bandeiras nazistas marcha no lado de fora de peça sobre Anne Frank

    Manifestantes estavam mascarados e usavam símbolos da supremacia branca em suas roupas, caso ocorreu no Michigan

    Kathleen MagramoJillian Sykesda CNN

    Um pequeno grupo de manifestantes mascarados, agitando bandeiras nazistas e usando símbolos da supremacia branca em suas roupas, marchou no lado de fora de um teatro em Michigan durante uma apresentação de “O Diário de Anne Frank” no último fim de semana.

    A trupe do Teatro Comunitário de Fowlerville, que encenou a peça sobre uma menina judia que mantinha um diário enquanto se escondia da ocupação alemã de Amsterdã durante a Segunda Guerra Mundial, confirmou o incidente.

    O gabinete do xerife do Condado de Livingston, que respondeu à ocorrência, não retornou as ligações em busca de detalhes.

    O Departamento de Polícia de Howell disse que o incidente aconteceu fora de sua jurisdição e que não tinha comentários a fazer. Ligações para o gabinete do prefeito de Howell não foram atendidas.

    O grupo de teatro disse em comunicado que tomou conhecimento da manifestação nazista durante o primeiro ato da peça, sendo informado que a situação estava sob controle e que os manifestantes haviam sido retirados do local.

    O grupo informou o público sobre a situação no intervalo e disse que tem se empenhado para contar a história de “pessoas reais que perderam suas vidas no Holocausto”.

    “A presença de manifestantes no lado de fora nos deu um pequeno vislumbre do medo e da incerteza sentidos por aqueles que se escondiam” dos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, relatou.

    Bobby Brite, ex-comandante do posto da Legião Americana em Howell, cerca de 90 km a noroeste de Detroit, gravou o vídeo do protesto.

    “As pessoas ficaram chocadas e horrorizadas”, disse, à WXYZ TV, afiliada da ABC.

    Segundo o ex-comandante, cerca de 75 pessoas estavam no andar de baixo assistindo à peça e a maioria ficou “com medo de sair do prédio”.

    “Tivemos que acompanhá-las até seus carros. Ninguém nos Estados Unidos deveria se sentir assim.”

    Manifestantes também foram vistos na cidade vizinha de Fowlerville, de acordo com testemunhas oculares.

    A WXYZ informou que não houve confrontos físicos como resultado do protesto nazista, mas alguns dos veteranos membros do posto da Legião Americana discutiram com os manifestantes.

    Segundo o jornal Livingston Daily, em julho, cerca de uma dúzia de pessoas agitando bandeiras nazistas marcharam por Howell, gritando “Heil Hitler”.

    Livro adaptado para o teatro

    “O Diário de Anne Frank” foi publicado postumamente e foi traduzido para mais de 70 idiomas em mais de 60 países, com várias adaptações para o cinema e para o teatro. Seu diário é frequentemente a primeira introdução de um adolescente aos horrores do Holocausto durante a Segunda Guerra Mundial.

    Ela e outros sete, todos judeus, escondidos em um anexo secreto acima de um armazém à beira do canal em Amsterdã por quase dois anos foram detidos e deportados em 1944.

    Anne morreu mais tarde no campo de concentração de Bergen Belsen aos 15 anos.

    O medo crescente de antissemitismo continua sendo um problema atual — inclusive em Amsterdã. Em julho, uma estátua de Anne em um parque local foi vandalizada com a palavra “Gaza” rabiscada em tinta vermelha.

    Mais recentemente, pessoas foram espancadas e feridas em confrontos violentos entre fãs de um time de futebol israelense e contramanifestantes na cidade no fim de semana, o que as autoridades holandesas condenaram como antissemita.

    A estátua de Anne Frank, em Amsterdã, exibida em 2016. O prefeito da cidade denunciou o vandalismo, dizendo: "Não há desculpa para isso".
    A estátua de Anne Frank, em Amsterdã, exibida em 2016. O prefeito da cidade denunciou o vandalismo, dizendo: “Não há desculpa para isso”. • Klaus Rose/ullstein imagem/Getty Images via CNN Newsource

    *Com informações da Reuters

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