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    Grupo guerrilheiro colombiano ELN diz que negociações de paz com governo estão em “crise”

    Declarações do presidente da Colômbia, Gustavo Petro, questionaram unidade da liderança do grupo

    Luis Jaime AcostaOliver Griffinda Reuters

    O grupo guerrilheiro colombiano de esquerda Exército de Libertação Nacional (ELN) disse nesta segunda-feira (15) que as negociações de paz com o governo estão em “crise” devido a comentários feitos pelo presidente da Colômbia, Gustavo Petro.

    A declaração do ELN representa o problema mais recente nas negociações que foram retomadas por Petro no ano passado, como parte dos esforços para acabar com o papel do grupo rebelde nas quase seis décadas de conflito na Colômbia.

    Petro questionou a unidade da liderança do grupo e ordenou que os militares da Colômbia atacassem atividades ilícitas, como o narcotráfico, que financia grupos armados ilegais.

    “As conversações de paz não podem estar sujeitas a flutuações nas declarações públicas do presidente”, disse o ELN em um comunicado.

    “As negociações entraram em crise e é preciso clareza por parte do governo, para que o caminho para a paz seja aberto e para que possamos falar em linguagem simples ao país e ao mundo”, acrescenta o comunicado.

    Em resposta, o governo disse: “É imperativo que respondamos às comunidades [afetadas] e estabeleçamos […] o cessar das hostilidades entre todas as partes do conflito, medidas de proteção para os civis e a participação da sociedade civil como pilares.”

    O ELN, fundado em 1964 por padres católicos radicais, tem cerca de 5.850 membros, incluindo 2.950 combatentes. O governo diz que o grupo se financia por meio do tráfico de drogas, mineração ilegal e sequestros.

    As negociações com o ELN em administrações anteriores não tiveram sucesso na cadeia de comando difusa do grupo e dissidência dentro de suas fileiras.

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