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    William Waack

    Guerra comercial com os EUA obriga China a buscar novos mercados

    Tarifas americanas podem levar empresas chinesas a inundar parceiros comerciais para escoar produção

    Salvador Stranoda CNN

    A guerra comercial entre Estados Unidos e China vai obrigar a indústria do país asiático a encontrar novos mercados para escoar a produção. As empresas também avaliam usar rotas alternativas para fugir das tarifas americanas.

    A tarifa americana contra a China e a resposta de Pequim às barreiras impedem, na prática, o comércio entre as duas maiores economias do mundo.

    Agora, as empresas chinesas precisam encontrar um destino para os US$438 bilhões em produtos que foram destinados ao mercado americano só no ano passado.

    A maior parte é de objetos manufaturados e o consumo interno chinês não é capaz de absorver a produção. A diplomacia de Pequim tem tentado abrir espaço no mercado europeu, que reúne 449 milhões consumidores.

    Na última terça-feira (8), o premiê chinês, Li Qiang, telefonou para a presidente da Comissão Europeia, Ursula von Der Leyen e afirmou que a China está pronta para trabalhar em conjunto na promoção do desenvolvimento sólido e estável da relação com o bloco europeu.

    A expectativa é de que os chineses sejam obrigados a derrubar o preço dos produtos para conseguir acessar novos mercados. O que impactaria as cadeias produtivas nacionais.

    No Brasil, uma das atividades mais vulneráveis à guerra comercial entre os Estados Unidos e a China é a do aço. As siderúrgicas brasileiras são menos competitivas do que as chinesas e há, ainda, o risco de Pequim agora ampliar ainda mais os subsídios ao setor, que já conta com o apoio massivo do Estado chinês.

    Apesar do risco, as ações das três maiores siderúrgicas brasileiras registraram forte alta nesta quarta-feira (9).

    Também já manifestaram preocupação dirigentes das indústrias de calçados e têxtil, que alertaram para o risco de uma nova onda de práticas comerciais predatórias.

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