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    Guerra não se limita a campo de batalha, mas também a jogo diplomático, diz especialista

    Mestra em Ciências Políticas Natali Hoff falou à CNN, neste sábado (5), sobre a crise desencadeada na Ucrânia após invasão da Rússia

    Anna Gabriela Costada CNN , em São Paulo

    A guerra não se limita ao campo de batalha, ela também se vincula ao jogo diplomático, disse a mestra em Ciências Políticas Natali Hoff à CNN, neste sábado (5), em análise sobre a crise desencadeada na Ucrânia após a invasão da Rússia.

    Para a especialista, a intervenção de líderes mundiais no conflito, muita vezes, amplifica a tensão em vez e chamar os envolvidos ao diálogo e à busca por soluções. “Eles tendem a energizar mais esse conflito, fomentando uma continuidade, do que um chamamento ao diálogo”, disse.

    A cientista política afirmou que a tensão, como outras guerras, se vincula também ao jogo político, o que causa injustiças humanitárias.

    “Uma questão bastante importante das relações internacionais é que toda guerra acontece do ponto de vista militar, com o uso da força, mas também acontece no campo diplomático. Nenhuma guerra é justa do ponto de vista humanitário, mas geralmente as guerras envolvem algum tipo de objetivo político, por isso não se restringe ao campo de batalha, ela também se vincula ao jogo diplomático”, afirmou.

    Ela destaca que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, vem buscando cada vez mais um apoio mais direto dos grandes líderes, entretanto, Natali reitera a improbabilidade de um apoio mais incisivo.

    “Nesse momento a gente sente que o Zelensky vem pedindo de maneira cada vez mais enfática por esse apoio mais direto, principalmente da Otan, mas isso dificilmente deve se concretizar, principalmente no curto prazo, por conta de todos os riscos e o cálculo estratégico que precisa ser feito. Esses fatores provavelmente vão continuar agindo no campo diplomático e logístico ao conflito, mas a pergunta que fica é quanto que esse tipo de apoio pode ser, de fato, efetivo”.

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