
Hamas aceita libertar reféns e Trump vê uma "paz duradoura" na região
Segundo governo de Israel, 48 pessoas ainda estão sob controle do grupo terrorista, mas apenas 20 estariam vivos
O grupo terrorista Hamas concordou em liberar todos os reféns israelenses e negociar os demais termos do plano de paz dos Estados Unidos para Gaza, sepois de quase dois anos desde o início da guerra em Gaza.
Israel afirma que 48 reféns ainda estão sob controle do Hamas, sendo que, desses, apenas 20 estariam vivos.
O grupo terrorista sinalizou que está de acordo com a fórmula de troca contida na proposta do presidente Donald Trump, com as condições de campo necessárias para implementar a medida.
O Hamas afirma que deseja iniciar negociações "imediatamente" e se diz disposto a entregar a administração da Faixa de Gaza para uma "autoridade palestina de tecnocratas independentes", desde que com base no consenso nacional palestino e com apoio árabe e islâmico.
O anúncio, contudo, não corresponde à aceitação total do plano de 20 pontos apresentado por Trump ao lado do premiê israelense Benjamin Netanyahu.
De acordo com o Hamas, outras questões mencionadas na proposta do presidente Trump sobre o futuro da Faixa de Gaza e os direitos legítimos do povo palestino estão ligadas a uma posição nacional unificada e às leis internacionais relevantes.
Depois do anúncio, Donald Trump disse acreditar que o grupo palestino está "pronto para uma paz duradoura" e que esse seria "um dia histórico". Trump ordenou que Israel pare com os bombardeios em Gaza "imediatamente" para que a libertação dos reféns seja feita de forma organizada e rápida.
Se concretizado, esse seria o primeiro acordo de paz no conflito, que já contou dois tratados de cessar-fogo, um em 2023 e outro em 2025. O mais recente também foi o maior, durando cerca de dois meses, quando cerca de 33 reféns israelenses foram liberados.
Israel quebrou a resolução quando voltou a bombardear Gaza antes do início da segunda fase do tratado, que ordenava a retirada de tropas de Gaza. A campanha militar israelense já matou mais de 66 mil pessoas no enclave, a maioria delas civis, segundo as autoridades de saúde do território.