Hamas diz que ameaças de Trump incentivam fim do cessar-fogo em Gaza

Presidente americano exigiu que grupo liberte todos os reféns "agora, não depois ou acabou"

Nidal al-Mughrabi e Alison Williams, da Reuters
Trump na segunda-feira durante encontro com Netanyahu na Casa Branca
'Riviera do Oriente Médio'. Trump sobre plano para controle dos EUA na Faixa de Gaza  • U.S. NETWORK POOL
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O Hamas declarou nesta quinta-feira (6) que as repetidas ameaças do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra os palestinos constituíram apoio ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, para recuar do acordo de cessar-fogo de Gaza e intensificar o cerco e a fome dos moradores de Gaza.

Em uma publicação na própria rede social, Truth Social, Trump exigiu na quarta-feira (5) que o Hamas "libertasse todos os reféns agora, não depois", incluindo os corpos mantidos pelo grupo, "ou ACABOU para vocês".

A declaração foi feita após uma autoridade israelense e a Casa Branca informarem que os EUA estão negociando diretamente com o Hamas sobre reféns e o cessar-fogo em Gaza, derrubando uma tradição americana de não falar com grupos que consideram organizações terroristas.

Uma autoridade israelense disse à CNN que Israel está ciente dos contatos diretos entre os Estados Unidos e o Hamas. E a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, confirmou que as negociações estavam ocorrendo.

O contato foi relatado pela primeira vez pela Axios, que relatou que as negociações aconteceram nas últimas semanas na capital do Catar, Doha.