Hospital de Gaza pode interromper operações por falta de combustível

Centro médico alertou para aumento de feridos e crise sanitária devido à escassez de diesel

Ibrahim Dahman, Eyad Kourdi e Catherine Nicholls, da CNN
Hospital de Campanha da Cruz Vermelha em Rafah, na Faixa de Gaza
Hospital de Campanha da Cruz Vermelha em Rafah, na Faixa de Gaza  • Divulgação Cruz Vermelha
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O Hospital dos Mártires de Al-Aqsa, no centro de Gaza, informou nesta sexta-feira (8) que o combustível necessário para manter o local funcionando está prestes a acabar e disse que interromper operações em breve.

"Se o hospital não for abastecido imediata e urgentemente com o diesel necessário, será forçado a fechar completamente, o que significa a interrupção das operações em centros cirúrgicos, unidades de terapia intensiva, incubadoras neonatais e ventiladores", afirmou o hospital em um comunicado.

O hospital está observando um "aumento contínuo" no número de internações, afirmou.

"Com a agressão contínua e o aumento da taxa de feridos, alertamos para uma catástrofe humanitária e sanitária iminente devido à grave escassez de diesel", disse o hospital, solicitando o fornecimento imediato de combustível.

Crise humanitária

Israel realiza intensos ataques na Faixa de Gaza desde outubro de 2023, após o Hamas ter lançado um ataque terrorista contra o país.

Desde 7 de outubro de 2023 e 13 de julho de 2025, o Ministério da Saúde de Gaza informou que pelo menos 60 mil palestinos foram mortos e mais de 138 mil ficaram feridos.

O Ministério não distingue entre civis e combatentes do Hamas em sua contagem, mas afirma que mais da metade dos mortos são mulheres e crianças. Israel afirma que pelo menos 20 mil são combatentes.

A ONU (Organização das Nações Unidas) informou em 11 de julho deste ano que 798 pessoas foram mortas tentando obter alimentos desde o final de maio, quando a GHF (Fundação Humanitária de Gaza), sediada nos EUA, começou a distribuir alimentos.

Dessas mortes, 615 foram registradas perto de locais da GHF e 183 nas rotas de comboios de ajuda humanitária, principalmente da ONU.O Escritório Central de Estatísticas da Palestina disse em 10 de julho que a população de Gaza havia caído de 2.226.544 em 2023 para 2.129.724. Estima-se que cerca de 100 mil palestinos tenham deixado Gaza desde o início da guerra.

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