Imigração: Diretriz de Trump prevê denúncia contra promotores contrários

Promotores federais que se recusarem a processar casos de imigração serão denunciados imediatamente

Hannah Rabinowitz, Evan Perez e Holmes Lybrand, da CNN
Caravana com cerca de 1.500 imigrantes segue para a fronteira entre México e Estados Unidos
Caravana com cerca de 1.500 imigrantes segue para a fronteira entre México e Estados Unidos  • CNN Espanhol
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Um novo memorando do Departamento de Justiça dos Estados Unidos revela os planos do presidente do presidente Donald Trump de desafiar as leis das cidades santuário e de processar autoridades estaduais e locais que resistirem à repressão federal à imigração, de acordo com uma cópia do documento obtida pela CNN.

Cidades santuário são aquelas em que as leis municipais limitam ou negam a cooperação com o governo federal na aplicação das leis sobre imigração. Em geral, elas garantem mais direitos aos imigrantes, tanto os documentados quanto os sem documentos.

O memorando também informa que os promotores federais que se recusarem a processar esses casos de imigração serão denunciados imediatamente ao Departamento de Justiça para investigação e possível processo.

A diretriz de três páginas também mostra como a equipe de Trump passou semanas tentando elaborar memorandos com mais capacidade de resistir a contestações jurídicas.

"A lei federal proíbe atores estaduais e locais de resistir, obstruir e de outra forma deixar de cumprir comandos e solicitações legais relacionados à imigração", diz o memorando. "Os escritórios do procurador-geral dos EUA e os componentes litigantes do Departamento de Justiça devem investigar incidentes envolvendo qualquer má conduta para possível processo."

A mensagem também instrui a divisão civil do departamento a ajudar a identificar leis e políticas estaduais e locais que "ameaçam impedir" as iniciativas de imigração de Trump e a contestar essas leis no tribunal.

O memorando chama as mudanças de orientação de política provisória enquanto o departamento aguarda a confirmação de Pamela Bondi como procuradora-geral.