Investidor de private equity é apontado como uma das vítimas de George Santos
Andrew Intrater teria doado US$ 25 mil para apoiar a candidatura do republicano no ano passado, mas dinheiro teria sido usado para bancar gasto pessoais
O investidor de private equity Andrew Intrater é uma das pessoas que os promotores federais dos EUA apontam como uma das vítimas de George Santos. Eles alegam que o deputado o induziu a doar dinheiro como parte de um suposto esquema que desviou supostas contribuições políticas para uso pessoal de Santos, confirmou o advogado de Intrater à CNN.
Em uma peça de 13 acusações tornada pública na quarta-feira (10), os promotores alegaram que Santos e um associado não identificado enganaram dois doadores – descritos apenas como Contribuidor nº 1 e Contribuinte nº 2 – para doar US$ 25 mil cada para apoiar a candidatura do republicano no ano passado.
Os doadores foram informados de que o dinheiro iria para um comitê independente que poderia arrecadar quantias ilimitadas para ajudar sua campanha e ajudaria a financiar anúncios de televisão, de acordo com a acusação. Os promotores, no entanto, dizem que o dinheiro foi para uma empresa de responsabilidade limitada controlada por Santos e os fundos pagaram roupas de grife, contas de cartões de crédito e outras despesas pessoais.
“Desde o início, Andy Intrater auxiliou na investigação do governo sobre George Santos e é identificado como vítima no indiciamento como Contribuinte nº 2”, disse o advogado de Intrater, Richard D. Owens, em um comunicado. “Andy está satisfeito porque Santos agora terá que responder no tribunal pelas muitas mentiras que George contou a Andy e a tantos outros americanos.”
Santos se declarou inocente na quarta-feira (10) em Nova York e prometeu lutar contra as acusações.
A Intrater apoiou financeiramente as ambições políticas de Santos nos últimos anos, doando mais de US$ 24 mil para as campanhas de Santos no Congresso e seu PAC de liderança federal desde 2020, mostram os registros da Comissão Eleitoral Federal.
Intrater disse ao The New York Times no início deste ano que também havia investido mais de US$ 600 mil em um fundo oferecido pela Harbor City Capital, onde Santos trabalhava como gerente de contas, em parte porque admirava Santos como um “cara trabalhador”.
Intrater disse ao jornal que mais tarde descobriu que havia sido enganado.
A Securities and Exchange Commission apresentou uma queixa em abril de 2021 contra Harbor City e seu fundador, Jonathan P. Maroney, alegando que a empresa administrava um “esquema Ponzi” de $ 17 milhões. Maroney não foi acusado de nenhum crime, e Santos não foi citado na denúncia à SEC.
Intrater é talvez mais conhecido nos círculos políticos dos EUA como primo de Viktor Vekselberg, um dos vários oligarcas russos sancionados em 2018 pelo Departamento do Tesouro dos EUA, por “atividade maligna mundial”.
O New York Times informou anteriormente que Intrater foi o colaborador nº 2 na acusação. A CNN não confirmou a identidade do outro colaborador descrito na acusação.
