Israel diz à ONU que reduzirá pela metade ajuda permitida em Gaza
Medida se deve ao Hamas não ter entregue todos os corpos de reféns, como estabelecido no acordo de cessar-fogo

Israel disse à ONU que só permitirá a entrada de 300 caminhões de ajuda na Faixa de Gaza a partir desta quarta-feira (15) e que não permitirá nenhum combustível ou gás será no enclave, exceto para necessidades específicas relacionadas à infraestrutura humanitária, segundo uma nota vista pela agência Reuters e confirmada pelas Nações Unidas.
O número de veículos com ajuda permitidos equivale à metade da quantidade combinada anteriormente.
Olga Cherevko, porta-voz do Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários em Gaza, confirmou que a ONU havia recebido a nota do Cogat, o braço do Exército israelense que supervisiona o fluxo de ajuda para Gaza.
O Cogat havia dito na sexta-feira (10) que esperava a entrada de cerca de 600 caminhões de ajuda em Gaza diariamente durante o cessar-fogo.
A nota da agência vista pela Reuters pontuava que as restrições serão impostas porque "o Hamas violou o acordo relativo à libertação dos corpos dos reféns".
Segundo o acordo mediado pelos Estados Unidos, o Hamas e seus aliados deveriam libertar todos os reféns vivos e os corpos daqueles que morreram dentro de 72 horas após o anúncio do cessar-fogo.
No entanto, apenas oito dos 28 corpos foram devolvidos a Israel. E, como a CNN noticiou na semana passada, Israel avaliou que o Hamas pode não conseguir encontrar e devolver todos os restos mortais.
A CNN não conseguiu confirmar o número noticiado pela Reuters de forma independente e entrou em contato com as autoridades israelenses, incluindo o Cogat.
*com informações da Reuters