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    Justiça divulgará partes de relatório sobre suposto esforço de Trump para mudar eleição

    Conclusões podem servir como base para processo contra o ex-presidente e associados

    Joseph Axda Reuters

    Partes do relatório de um grande júri especial da Geórgia sobre os esforços do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump para reverter o resultado da eleição no estado, em 2020, devem ser divulgadas publicamente, decidiu um juiz estadual na segunda-feira (13).

    Entretanto, quaisquer recomendações sobre acusações criminais permanecerão sob sigilo por enquanto.

    As conclusões do painel, que permaneceram sigilosas desde que o relatório final foi divulgado, em janeiro, podem servir como base para um processo contra Trump ou seus associados que tentaram reverter a vitória do presidente Joe Biden na Geórgia.

    O juiz do Tribunal Superior do Condado de Fulton, Robert McBurney, disse que três partes do relatório serão divulgadas nesta quinta-feira (16): a introdução, a conclusão e uma seção na qual o grande júri “discute sua preocupação de que algumas testemunhas possam ter mentido sob juramento”.

    O relatório também inclui “uma lista de quem deve (ou não) ser indiciado e por quê, em relação à condução (e consequências) das eleições gerais de 2020 na Geórgia”, complementou o magistrado.

    Mas essas conclusões permanecerão secretas por enquanto, decidiu o juiz, citando os direitos do devido processo de testemunhas ou réus em potencial que não tiveram chance total de responder às alegações durante o processo do grande júri.

    Essas preocupações são particularmente sérias para indivíduos que nunca compareceram ao painel, disse ele. Trump não foi intimado e não testemunhou ao grande júri.

    A decisão de abrir ou não acusações criminais cabe, em última análise, à promotora distrital do condado de Fulton, Fani Willis.

    Em uma audiência no tribunal em 25 de janeiro, Willis disse a McBurney que as decisões de acusação eram “iminentes” e insistiu para manter o relatório em sigilo para garantir que os futuros réus não possam questionar o ato.

    Willis lançou a investigação logo após um telefonema, em janeiro de 2021, nos últimos dias do mandato de Trump, quando o então presidente pediu à principal autoridade eleitoral da Geórgia para “encontrar” votos suficientes para ele vencer no Estado.

    Dias depois, os apoiadores de Trump invadiram o Capitólio dos EUA tentando impedir o Congresso de certificar a vitória de Biden.

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