Lolita, orca mantida em cativeiro por mais de 50 anos, morre em aquário nos EUA
Miami Seaquarium planejava devolver o animal ao seu habitat natural, conforme divulgado em março deste ano
Lolita, a orca mantida em cativeiro por mais de meio século na Flórida, nos Estados Unidos, morreu na sexta-feira (18), informou o Miami Seaquarium nas redes sociais.
O aquário planejava devolver Lolita ao seu habitat natural, conforme noticiado em março. O Miami Seaquarium havia chegado a um “acordo vinculativo” com a organização sem fins lucrativos Friends of Lolita (Amigos de Lolita, em tradução livre).
“Nos últimos dois dias, Toki [apelido de Lolita] começou a exibir sérios sinais de desconforto, que toda a equipe médica do Miami Seaquarium e Friends of Toki começou a tratar imediata e agressivamente. Apesar de receber os melhores cuidados médicos possíveis, ela faleceu na tarde de sexta-feira do que se acredita ser uma condição renal”, afirmou o aquário.
“Você estará para sempre em nossos corações. Obrigado por ter nos inspirado todos os dias”, escreveu o Miami Seaquarium nas redes.
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O processo para libertar a orca de mais de duas toneladas poderia levar até dois anos.
Lolita foi capturada em 1970 em uma enseada perto do estado de Seattle. Ela também era conhecida como Toki, um nome que é a abreviação do nome nativo da orca, Tokitae, segundo informações do Miami Herald.
A pressão para libertar Lolita ganho força depois que o documentário “Blackfish” (2013) destacou o cativeiro das orcas.
Os defensores dos direitos dos animais durante anos lutaram sem sucesso em tribunais para obter a liberdade de Lolita depois que a Administração Oceânica e Atmosférica adicionou as orcas à lista de espécies ameaçadas em 2015.
As chamadas “baleias assassinas” – apesar das orcas não serem baleias – são mamíferos altamente sociais que não têm predadores naturais e podem viver até os 80 anos.
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(Publicado por Lucas Schroeder, com informações de Tyler Clifford, da Reuters)