Macron se reunirá com ex-socialista em meio à busca por premiê
Presidente também deve se encontrar com François Hollande e Nicolas Sarkozy
Emmanuel Macron se reunirá na segunda-feira (2) com Bernard Cazeneuve, ex-membro do Partido Socialista e experiente nome do cenário político francês, com o presidente francês perto de anunciar o novo primeiro-ministro, disseram duas fontes próximas a Macron.
Ele também receberá seus dois antecessores, François Hollande e Nicolas Sarkozy, disseram as fontes, falando sob condição de anonimato.
Macron tem sido pressionado para pôr fim a semanas de impasse político depois de ter convocado uma eleição antecipada que resultou em um parlamento dividido.
Cazeneuve tem sido cada vez mais mencionado por políticos e observadores como um dos candidatos mais prováveis para liderar um novo governo, pois é respeitado pelos partidos de direita, embora também seja próximo da esquerda.
Ele abandonou o Partido Socialista há dois anos para protestar contra o estreitamento de seus laços com o partido de extrema esquerda França Insubmissa (LFI).
O próximo primeiro-ministro da França terá a difícil tarefa de tentar conduzir as reformas e o orçamento de 2025 por meio de um parlamento dividido, já que a França está sob pressão da Comissão Europeia e dos mercados de títulos para reduzir seu déficit.
Além de uma breve passagem como primeiro-ministro no final do mandato de Hollande, Cazeneuve foi ministro três vezes – de Assuntos Europeus, Orçamento e Interior.
A aposta de Macron para convocar a eleição parlamentar antecipada em junho saiu pela culatra, com sua coalizão de centro perdendo dezenas de cadeiras e nenhum partido conquistando a maioria absoluta.
A aliança de esquerda Nova Frente Popular ficou em primeiro lugar, mas Macron descartou a possibilidade de pedir a ela que formasse um governo depois que outros partidos disseram que votariam imediatamente contra. Em vez disso, ele esperou semanas para fazer sua escolha.
Mesmo que o impasse político continuasse após a nomeação de um novo governo, Macron não poderia convocar uma nova eleição antecipada até julho do próximo ano, de acordo com a constituição francesa.
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