Maduro critica diplomacia militar dos EUA após ameaça de submarino nuclear
Líder chavista acrescentou que o país está recebendo "solidariedade global" em meio à tensões com o governo Trump

O líder da Venezuela, Nicolás Maduro, criticou nesta quarta-feira (27) o que chamou de diplomacia militar dos EUA, acusando Washington de violar o Tratado de Tlatelolco ao enviar um submarino nuclear para o Caribe.
"A diplomacia da canhoneira: eu tenho tantos canhões, tantos navios, e os coloco na sua frente e você se rende ou faz o que eu quero que você faça. Não, acabou, acabou. Nossa diplomacia é a diplomacia da dignidade [...] É uma diplomacia de alto nível, refinada, admirada", disse Maduro.
O líder chavista afirmou que o Tratado de Tlatelolco, que proíbe a movimentação, o uso e a fabricação de armas nucleares em todo o território da América Latina e do Caribe, foi violado.
Ele acrescentou que a Venezuela está recebendo uma solidariedade global, pois "nenhum país da América Latina e do Caribe jamais foi ameaçado com um submarino nuclear".
Recentemente, os EUA enviaram navios adicionais para o sul do Caribe como parte do esforço do presidente Donald Trump para lidar com "ameaças de cartéis de drogas latino-americanos", disseram duas fontes informadas sobre a mobilização.
O USS Lake Erie, um cruzador de mísseis guiados, e o USS Newport News, um submarino de ataque rápido com propulsão nuclear, chegarão à região no início da semana que vem, disseram as fontes, que pediram anonimato.
Trump fez da repressão aos cartéis de drogas um objetivo central de seu governo, parte de um esforço mais amplo para limitar a migração e proteger a fronteira sul dos EUA.
A Casa Branca designou o Cartel de Sinaloa do México e outras gangues de drogas, bem como o grupo criminoso venezuelano Tren de Aragua, como organizações terroristas globais em fevereiro, enquanto Trump intensificava a fiscalização imigratória contra supostos membros de gangues.