Mulheres com formação médica devem se inscrever no serviço militar, diz Ucrânia
Médicas, enfermeiras, dentistas, parteiras, farmacêuticas, com idades entre 18 e 60 anos, serão obrigadas a registrar-se para o serviço militar a partir de 1º de outubro
As mulheres ucranianas que possuem formação médica devem registrar-se nos escritórios de alistamento militar a partir de 1º de outubro, anunciaram as Forças Armadas do país em uma postagem no Facebook na quinta-feira (7).
“Todas as mulheres médicas, isto é, médicas, enfermeiras, dentistas, parteiras, farmacêuticas, com idades entre 18 e 60 anos, serão obrigadas a registrar-se para o serviço militar a partir de 1º de outubro”, disseram as Forças Armadas da Ucrânia, de acordo com um decreto do Ministério da Defesa do país.
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O comunicado acrescenta que a elegibilidade será determinada “pelo diploma e pelo próprio local de trabalho”.
“Essas mulheres cumprem o serviço militar em pé de igualdade com os homens. A legislação não distingue entre mulheres e homens recrutados para o serviço militar”, complementa o comunicado.
Isto significa que estas mulheres, tal como os homens ucranianos com idades entre os 18 e os 60 anos, terão de permanecer na Ucrânia, pois “podem ser convocadas para o serviço militar”, segundo as Forças Armadas.
“Se elas (mulheres) estiverem registradas, elas adquirem o status de recrutas. E os recrutas saem para o exterior de acordo com a ordem que lhes for estabelecida. Ou seja, se houver documentos separados que deem direito à saída temporária – então, sim, elas poderão sair. Caso contrário, elas, como os homens, terão seu direito de sair limitado”, argumentou Fedir Venislavskyi, membro do parlamento ucraniano que faz parte do Comitê de Segurança Nacional, em entrevista ao jornal ucraniano RBC.
Mulheres grávidas, estudantes ou mulheres com determinadas condições médicas estarão isentas do serviço.