Mianmar enfrenta crise humanitária após terremoto, diz Cruz Vermelha

Equipes de resgate estrangeiras chegaram ao país neste domingo (30) para auxiliar autoridades locais

Olivia Le Poidevin, da Reuters
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Myanmar enfrenta uma crise humanitária após o terremoto de magnitude 7,7 que matou mais de 1.700 pessoas, e as necessidades de ajuda do país estão aumentando a cada hora, disseram autoridades da Cruz Vermelha neste domingo (30).

O terremoto de sexta-feira (28), um dos mais fortes a atingir Myanmar em mais de um século, danificou a infraestrutura, incluindo pontes, rodovias, aeroportos e ferrovias — dificultando os esforços de resgate enquanto uma guerra civil continua na nação do Sudeste Asiático.

“Isso não é somente um desastre; é uma crise humanitária complexa sobreposta às vulnerabilidades existentes”, declarou Alexander Matheou, diretor regional para a Ásia-Pacífico na Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (IFRC), em um comunicado.

“A magnitude deste desastre é substancial, e a necessidade de apoio é urgente”, ele acrescentou.

Equipes de resgate estrangeiras chegaram a Mianmar neste domingo para auxiliar o país a lidar com o desastre, e a Cruz Vermelha mianmarense afirmou que voluntários estavam administrando primeiros socorros e distribuindo itens como cobertores, lonas e kits de higiene.

“A destruição foi extensa, e as necessidades humanitárias estão crescendo a cada hora”, informou na declaração deste domingo (30).

A IFRC lançou um apelo de emergência por 100 milhões de CHF (US$ 113,60 milhões) para ajudar 100.000 pessoas com alívio vital e suporte de recuperação precoce.

No sábado (29), o Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários relatou que as operações de ajuda estavam sendo prejudicadas por estradas danificadas e que os hospitais no centro e noroeste de Mianmar estavam lutando para lidar com o fluxo de pessoas feridas no terremoto.