Negociador do Kremlin diz que reunião pode redefinir relação EUA-Rússia
Donald Trump e Vladimir Putin se encontrarão no Alasca nesta sexta-feira (15)

O principal enviado econômico do Kremlin, Kirill Dmitriev, disse à CNN que a reunião desta sexta-feira (15) entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente americano, Donald Trump, no Alasca, é uma chance de redefinir as relações entre Estados Unidos e Rússia.
"Acho que o diálogo é muito importante e acho que é uma reunião muito positiva para o mundo, porque durante o governo Biden não havia diálogo, então acho muito importante ouvir a posição russa diretamente", disse Dmitriev nesta quinta-feira (14).
Dmitriev, que é o CEO do Fundo Russo de Investimento Direto, tem sido um ator fundamental no diálogo da Rússia com o governo Trump.
Ele fará parte da delegação do Kremlin no Alasca, sugerindo que potenciais acordos econômicos entre os dois países também estarão na pauta.
"Há muitos mal-entendidos e desinformação sobre a posição russa. Também é uma chance de redefinir, se a reunião correr bem, as relações entre EUA e Rússia", comentou Dmitriev.
Veja fotos da base onde Putin e Trump se encontrarão:
Entenda a guerra na Ucrânia
A Rússia iniciou a invasão em larga escala da Ucrânia em fevereiro de 2022 e detém atualmente cerca de um quinto do território do país vizinho.
Ainda em 2022, o presidente russo, Vladimir Putin, decretou a anexação de quatro regiões ucranianas: Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia.
Os russos avançam lentamente pelo leste e Moscou não dá sinais de abandonar seus principais objetivos de guerra. Enquanto isso, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, pressiona por um acordo de paz.
A Ucrânia tem realizado ataques cada vez mais ousados dentro da Rússia e diz que as operações visam destruir infraestrutura essencial do Exército russo.
O governo de Putin, por sua vez, intensificou os ataques aéreos, incluindo ofensivas com drones.
Os dois lados negam ter como alvo civis, mas milhares morreram no conflito, a grande maioria deles ucranianos.
Acredita-se também que milhares de soldados morreram na linha de frente, mas nenhum dos lados divulga números de baixas militares.
Os Estados Unidos afirmam que 1,2 milhão de pessoas ficaram feridas ou mortas na guerra.