Netanyahu volta ao tribunal em Israel para depor em caso de corrupção
Primeiro-ministro enfrenta acusações de recebimento de presentes desde 2020 e se declara inocente
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, compareceu ao tribunal nesta terça-feira (28) para depor em seu julgamento por corrupção em andamento.
Embora não haja decisão judicial, Netanyahu foi indiciado em 2019 em três casos, um dos quais envolve o recebimento de quase 700 mil shekels (cerca de R$ 1.155.893 na conversão atual) em presentes, incluindo champanhe e charutos, de empresários.
O longo julgamento de Netanyahu começou em 2020 e foi interrompido com frequência durante dois anos de guerra e agitação no Oriente Médio.
O premiê se declarou inocente e negou qualquer irregularidade.
O líder dos Estados Unidos, Donald Trump, em visita ao país no início do mês, pediu ao presidente israelense Isaac Herzog que perdoasse Netanyahu, durante um discurso no parlamento israelense em Jerusalém.
Durante um discurso de mais de uma hora, Trump disse:
“Ei, eu tenho uma ideia. Senhor presidente, por que o senhor não dá a ele um perdão? Charutos e um pouco de champanhe -- quem diabos se importa?”, referindo-se às acusações de fraude, suborno e quebra de confiança, que Netanyahu nega.
O presidente de Israel desempenha um papel predominantemente cerimonial, mas tem autoridade para perdoar criminosos condenados em circunstâncias incomuns.
No entanto, ainda não houve decisão no longo julgamento de Netanyahu.
Em junho deste ano, Trump pediu que o julgamento de Netanyahu fosse cancelado. Netanyahu classificou sua provação legal como uma caça às bruxas de esquerda com o objetivo de derrubar um líder de direita eleito.


