Novo terremoto é sentido em Nápoles e temores de erupção vulcânica aumentam

Campi Flegrei, também conhecido como Campos Flégreos, é uma área vulcânica que abrange vários vulcões com idade aproximada em 39.000 anos

Barbie Nadeau, da CNN
Vista do Monte Vesúvio em Nápoles, Itália
Vista do Monte Vesúvio em Nápoles, Itália  • 14/02/2018REUTERS/Tony Gentile
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Um terremoto de magnitude 4 atingiu o sul de Nápoles, na Itália, na terça-feira (4), poucos dias depois que a região registrou o terremoto mais forte em 40 anos, de acordo com o Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia da Itália (INGV).

A brigada de incêndio da Itália disse que houve pequenos danos aos edifícios no último terremoto, mas ninguém ficou ferido. O terremoto de magnitude 4,2 em 27 de setembro abalou a região e foi sentido até em Roma.

Campi Flegrei, também conhecido como Campos Flégreos, é uma área vulcânica que abrange vários vulcões com idade aproximada em 39.000 anos.

A atividade sísmica na área, que se estende por 200 quilômetros (125 milhas) sob a Baía de Nápoles e as ilhas de Ischia e Capri, intensificou-se este ano, com a região sofrendo vários sismos -- ainda que pequenos. Campi Flegrei vivencia um fenômeno sísmico conhecido como bradisseísmo, definido por ciclos de elevação e rebaixamento gradual do solo.

A última grande erupção do Campi Flegrei ocorreu em 1538, criando uma nova montanha na baía. Até agora, em 2023, Campi Flegrei registrou 2.868 terremotos – 1.118 somente em agosto.

“Existem dois cenários possíveis relativos à evolução da situação nos Campi Flegrei: o melhor é que a crise de bradisseísmo em curso termine como aconteceu em 1983 e 1984, o pior é uma erupção semelhante à de 1538”, disse Carlo Doglioni, chefe do INVG.

“É uma evolução que não conhecemos e que estamos monitorando.”

Durante o episódio de bradisseísmo de 1983 a 1984, o solo subiu 3,5 metros.

O INGV solicitou ao município de Nápoles que realizasse a evacuação de alguns residentes mais próximos da zona vulcânica para verificar os locais mais vulneráveis ​​aos danos estruturais causados ​​pela subida do solo. A maioria das estruturas em questão foi construída nos últimos 20 anos.

A agência de proteção civil italiana estima que pelo menos 800 mil pessoas vivam na “zona amarela” e 500 mil na “zona vermelha”, a área de maior risco nas proximidades da região sísmica.

A última vez que um plano de evacuação foi testado foi em 2019. No entanto, os residentes locais exigiram um plano atualizado que descreva o que deve ser feito em caso de erupção.

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