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    Otan diz ter “sinais” de que Putin pediu armas letais à China

    Jens Stoltenberg pediu ainda aos países-membros que aumentem os gastos com defesa

    Sabine SieboldAndrew GrayBenoit Van Overstraetenda Reuters

    O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, alertou a China na terça-feira (21) contra o fornecimento de armas letais à Rússia, enquanto os líderes de ambos os países se reuniam em Moscou para negociações.

    “Não vimos nenhuma prova de que a China está entregando armas letais à Rússia, mas vimos alguns sinais de que isso foi um pedido da Rússia e que esse é um assunto considerado em Pequim pelas autoridades chinesas”, disse Stoltenberg a repórteres em Bruxelas.

    “A China não deve fornecer ajuda letal à Rússia, isso seria apoiar uma guerra ilegal.”

    Stoltenberg pediu ainda aos países-membros que acelerem os aumentos nos gastos com defesa, já que novos números mostram que menos de um quarto deles cumprem a meta da aliança.

    O secretário-geral disse que a invasão da Ucrânia mostrou que o mundo se tornou mais perigoso, e os aliados da Otan tiveram que responder estabelecendo e cumprindo metas de gastos militares mais ambiciosas.

    Sete dos 30 países da aliança cumpriram a meta atual de gastar 2% do PIB em defesa em 2022 – um a menos do que em 2021, antes da invasão da Ucrânia – segundo estimativas do relatório anual da Otan, divulgado na terça-feira.

    Stoltenberg disse que a Otan esperava que mais dois membros atingissem a meta, mas suas economias cresceram mais do que o previsto, então seus gastos caíram como uma parcela do PIB.

    Os membros da Otan têm aumentado constantemente seus gastos com defesa em geral desde que as forças russas anexaram a Crimeia e entraram em Donbass, no leste da Ucrânia, em 2014. Mas Stoltenberg disse que a invasão em grande escala do ano passado mostrou a necessidade de gastar mais.

    “O ritmo agora, quando se trata de aumentos nos gastos com defesa, não é alto o suficiente”, disse ele.

    “Minha mensagem para os aliados é que damos boas-vindas ao que eles fizeram, mas eles precisam acelerar, precisam entregar mais em um mundo mais perigoso.”

    Em uma cúpula no País de Gales em 2014, os líderes da Otan concordaram com a meta de gastar pelo menos 2% de seu PIB em defesa em uma década.

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