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    Papa Francisco disse que homossexualidade é pecado, mas não deveria ser crime

    O pontífice defendeu que a Igreja Católica receba a comunidade LGBTQIA+ e lute para abolir leis que criminalizem a homossexualidade nos países onde elas ainda existem

    Fernanda Pinottida CNN , em São Paulo

    Nesta segunda-feira (18), em uma mudança significativa na abordagem do Vaticano em relação a casais do mesmo sexo, o papa Francisco autorizou os padres católicos romanos a abençoarem casais homoafetivos.

    Em janeiro deste ano, durante entrevista à Associated Press, o papa Francisco chamou de “injustas” as leis que criminalizam a homossexualidade, dizendo que Deus ama todos os seus filhos como eles são e que os bispos precisam receber a comunidade LGBTQIA+ em suas igrejas.

    Ainda assim, Francisco se referiu à questão como um pecado. “Não é crime. Sim, mas é pecado”, disse. “Tudo bem, mas primeiro vamos distinguir entre um pecado e um crime.”

    “Também é pecado não ter caridade uns com os outros”, acrescentou depois.

    Ele atribuiu a atitude de alguns bispos que apoiam as leis que criminalizam a homossexualidade à bagagem cultural dos religiosos e disse que eles precisam passar por um processo de mudança para acolher a todos. Acrescentou que eles deveriam agir com “ternura, por favor, como Deus tem para cada um de nós”.

    O papa também disse que a Igreja Católica pode e deve trabalhar para que essas leis sejam abolidas. E citou o catecismo ao dizer que os gays devem ser bem-vindos e respeitados, e não marginalizados ou discriminados.

    “Somos todos filhos de Deus, e Deus nos ama como somos e pela força que cada um de nós luta pela nossa dignidade”, disse Francisco.

    Desde que assumiu o papado, Francisco tem feito gestos para tentar aproximar a Igreja Católica da comunidade LGBTQIA+, defendendo os direitos da comunidade, mas nunca apoiando as diferentes orientações sexuais.

    Em 2021, o pontífice foi criticado por parte da comunidade LGBTQIA+ católica depois que o Vaticano decretou que não iria abençoar uniões entre pessoas do mesmo sexo – medida revertida nesta segunda-feira (18).

    Em janeiro do ano passado, Francisco voltou a falar sobre o assunto ao dizer que os pais de crianças gays não devem condená-las, mas oferecer-lhes apoio.

    Ele também disse que, embora a Igreja não possa aceitar o casamento entre pessoas do mesmo sexo, ela pode apoiar leis de união civil destinadas a garantir que casais homossexuais tenham os mesmos direitos que casais heterossexuais.

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