Políticos israelenses de oposição elogiam plano de paz dos EUA para Gaza
Parlamentares consideraram a proposta como uma chance de libertar reféns do Hamas

Políticos israelenses do governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e partidos de oposição elogiaram o plano de paz de 20 pontos proposto pelos Estados Unidos nesta segunda-feira (29), com vários elogiando o plano nas redes sociais como uma boa base para um acordo de reféns e o fim da guerra.
Em uma publicação no X, o parlamentar da oposição israelense Benny Gantz disse que a proposta do presidente dos EUA de encerrar a guerra era uma oportunidade de libertar os reféns mantidos lá e proteger a segurança de Israel.
“Elogio o Presidente Trump pelos enormes esforços que está investindo para trazer de volta nossos reféns e proteger o Estado de Israel. E agora — é hora de tomar iniciativa. Precisamos implementar o plano do Presidente... Não podemos perder novamente a oportunidade de devolver nossos reféns, proteger nossa segurança e alcançar uma mudança estratégica que, mais tarde, também levará a uma normalização ampliada. Não permitiremos que politicagens mesquinhas descarrilem o plano.”
O líder da oposição israelense Yair Lapid, cujo partido Yesh Atid tem 24 cadeiras, também escreveu no X apoiando a proposta.
“O plano do presidente Trump é a base correta para um acordo de reféns e o fim da guerra”, disse ele.
O presidente do Partido Democrata israelese, Yair Golan:
“Acabar com a guerra, devolver os reféns, desarmar o Hamas, desmantelar o governo do Hamas – seria preciso odiar Israel incondicionalmente para rejeitar o plano de Trump. Forneceremos total apoio de segurança ao plano. Mas só nos alegraremos e celebraremos quando virmos todos os reféns de volta para casa.”
Entenda o plano dos EUA para Gaza
A Casa Branca divulgou nesta segunda-feira (29) os principais pontos do plano apresentado pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para acabar com a guerra na Faixa de Gaza.
A proposta do governo americano prevê um governo internacional temporário, que seria chamado de “Conselho da Paz”, chefiado e presidido por Trump, com outros membros e chefes de Estado a serem anunciados, incluindo o ex-primeiro-ministro do Reino Unido Tony Blair.
O controle de Gaza seria posteriormente cedido à Autoridade Palestina.
O plano apresentado por Trump prevê um cessar-fogo permanente e a libertação de todos os reféns que continuam nas mãos do Hamas, vivos ou mortos.
Em troca, Israel libertará presos palestinos e devolverá restos mortais de pessoas de Gaza.
O acordo sugere ainda que Gaza não será anexada por Israel e que o Hamas não terá participação no governo do território. Integrantes do grupo palestino que se renderem seriam anistiados.
A proposta também inclui a retirada gradual das forças israelenses de Gaza e a desmilitarização do território.