Premiê da Holanda renuncia após líder da ultradireita deixar coalizão

Nova eleição deve ser realizada, mas não antes de outubro; formação de governo pode durar meses

Bart H. Meijer e Stephanie van den Berg, da Reuters
Primeiro-ministro da Holanda, Dick Schoof, em conferência de imprensa
Primeiro-ministro da Holanda, Dick Schoof, em conferência de imprensa  • Christoph Reichwein/picture Alliance via Getty Images
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O primeiro-ministro holandês, Dick Schoof, anunciou sua renúncia nesta terça-feira (3), horas depois que Geert Wilders, da ultradireita, tirou o partido PVV da coalizão de direita. O caso deve provocar eleições antecipadas no país.

Os ministros do partido PVV, de Wilders, deixarão o gabinete, enquanto os demais ministros continuarão, por enquanto, em um governo interino.

Se houver nova eleição, ela não será realizada antes de outubro, e a formação de um novo governo tradicionalmente tende a levar meses no dividido cenário político holandês.

Isso ocorre em um momento em que a ultradireita está crescendo na Europa, com críticas sobre a imigração e o custo de vida.

Saída da ultradireita e colapso do governo

Wilders disse mais cedo nesta terça que seu partido está se retirando porque os outros três parceiros da coalizão não estavam dispostos a apoiar suas propostas sobre asilo e imigração.

"Nenhuma assinatura em nossos planos de asilo. O PVV deixa a coalizão", afirmou Wilders em uma publicação no X.

Os outros partidos da coalizão agora têm a opção de tentar prosseguir como um governo minoritário, embora não se espere que façam isso.

Os partidos de oposição pediram novas eleições.