Sob ameaças da China, presidente de Taiwan fala em fortalecer Forças Armadas
Tsai Ing-wen fez pronunciamento a pilotos de caça; Governo chinês reduziu a frequência e intensidade de suas manobras militares na região, que tiveram início no último dia 8
A presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, agradeceu nesta sexta-feira (14) aos pilotos de caça que encararam a Força Aérea da China durante exercícios ao redor da ilha e prometeu continuar fortalecendo as Forças Armadas, no momento em que a atividade militar de Pequim nas proximidades diminui.
A China iniciou seus exercícios, incluindo ataques de precisão simulados com bombardeiros e forças de mísseis, em 8 de abril, depois que Tsai voltou de Los Angeles, onde se encontrou com o presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Kevin McCarthy, enfurecendo Pequim.
A China vê Taiwan, governada democraticamente, como seu próprio território, uma afirmação que o governo de Taipé rejeita veementemente. Pequim condena rotineiramente reuniões de alto nível entre autoridades taiwanesas e estrangeiras.
Na cidade de Taichung, no centro de Taiwan, Tsai se encontrou com pilotos de caça que costumam ficar estacionados na base aérea de Magong, no Estreito de Taiwan, na linha de frente, agradecendo-lhes por seu trabalho árduo e por permanecerem em seus postos o tempo todo.
“Quero dizer a todos: enquanto estivermos unidos, podemos tranquilizar o povo do país e deixar que o mundo veja nossa determinação em proteger a nação”, disse ela em um vídeo fornecido pelo gabinete presidencial. “No futuro, continuaremos atualizando as instalações de software e hardware e fortalecendo o treinamento de pessoal”, acrescentou.
Os três dias de exercícios da China terminaram formalmente na segunda-feira, mas Taiwan relatou mais atividade, embora em escala reduzida.
O governo de Taiwan diz que, embora deseje a paz e converse com a China, não cederá à pressão e que Taiwan tem o direito de se envolver com o mundo.