Procuradoria pede dez anos de prisão para ex-presidente da Coreia do Sul

Yoon Suk Yeol tentou impor Lei Marcial no país há mais de um ano

Da Reuters
Ex-presidente da Coreia do Sul Yoon Suk Yeol chega a tribunal em Seul  • 09/07/2025 REUTERS/Kim Hong-Ji/Pool
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O procurador especial da Coreia do Sul solicitou, nesta sexta-feira (26), uma pena de 10 anos de prisão para o ex-presidente Yoon Suk Yeol, sob acusações que incluem tentativa de obstrução de sua prisão após a tentativa de impor a lei marcial no país.

Os promotores acusam Yoon de tentar impedir que investigadores o prendessem em janeiro, barricando-se dentro do complexo presidencial.

A pena de 10 anos solicitada foi a primeira sentença de prisão pedida pelos promotores especiais em relação às múltiplas acusações que o ex-presidente enfrenta.

"O réu, que deveria salvaguardar a Constituição e defender o Estado de Direito, abusou do seu poder e prejudicou o público", disse um promotor em um vídeo gravado do julgamento antes de fazer o pedido.

"Ele não se desculpou nem demonstrou remorso publicamente, mas, ao contrário, tentou transferir a culpa para seus assessores", acrescentou o promotor.

Além da acusação de obstrução, os promotores afirmaram que Yoon não tomou as medidas adequadas para convocar todos os membros de seu gabinete antes de anunciar a lei marcial ao público e divulgou informações falsas a correspondentes da mídia estrangeira.

O Tribunal Distrital Central de Seul deverá proferir uma sentença sobre o caso em 16 de janeiro, segundo informações da imprensa.

Yoon, de 65 anos, está sendo processado em um julgamento separado por acusações de insurreição e pode ser condenado à prisão perpétua ou à pena de morte, caso seja considerado culpado.

Enquanto isso, um promotor especial que investiga sua esposa, Kim Keon Hee, por suposto suborno e manipulação de ações, indiciou o ex-presidente nesta sexta-feira (26) por supostamente violar a Lei de Eleições de Funcionários Públicos.

Yoon negou todas as acusações.