Quem era Iryna Zarustka, refugiada ucraniana assassinada em trem nos EUA
Caso da jovem gerou debate sobre segurança pública no país e provocou reações de políticos americanos

Iryna Zarustka, uma refugiada ucraniana de 23 anos, foi morta a facadas em um metrô no estado da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, no mês passado.
O caso chamou a atenção do público nesta semana, após o vídeo do momento do assassinato, que foi gravado por câmeras de segurança, ser amplamente compartilhado nas redes sociais.
A jovem entrou no metrô em 22 de agosto e se sentou na frente de um homem de moletom. Momentos depois, o criminoso se aproximou por trás e esfaqueou Iryna. A jovem colocou a mão no rosto e na garganta, antes de cair no chão. Ela morreu devido aos ferimentos.
O suspeito foi identificado como Decarlos Brown, um homem de 34 anos que tinha antecedentes criminais. Ele foi acusado de homicídio doloso.
Saiba mais sobre a vida de Iryna Zarutska
Iryna Zarutska nasceu em 22 de maio de 2002, em Kiev, capital da Ucrânia.
A jovem ucraniana se formou em Arte e Restauração pelo Synergy College, em Kiev.
Ela deixou o país e se mudou para os EUA com a mãe, o irmão e a irmã para fugir da guerra com a Rússia, em agosto de 2022.
Segundo o obituário publicado pela mãe, Anna Zarutska, a filha presenteava familiares e amigos com suas obras de arte.
Anna também disse que Iryna tinha um amor profundo pelos animais e cuidava frequentemente dos bichos de estimação dos vizinhos. Ela sonhava em seguir carreira como assistente veterinária.
A refugiada se tornou fluente em inglês em muito pouco tempo e abraçou a vida nova nos Estados Unidos, segundo a família.

Caso gerou debate sobre segurança pública nos EUA
As imagens do ataque chamaram a atenção de figuras políticas e gerou debate sobre a segurança pública nos Estados Unidos.
O presidente americano Donald Trump disse que o suspeito merecia receber pena de morte pelo crime em uma postagem na plataforma Truth Social, na quarta-feira (10).
"O ANIMAL que matou tão violentamente a linda jovem ucraniana, que veio para a América em busca de paz e segurança, deveria ter um julgamento "rápido" (sem dúvida!), e receber apenas a PENA DE MORTE. Não pode haver outra opção!!!", escreveu o presidente.
A prefeita de Charlotte, na Carolina do Norte, onde aconteceu o caso, fez uma publicação no X agradecendo a todos que optaram por não republicar ou compartilhar a filmagem em respeito à família de Iryna.
Isso gerou uma crítica do secretário de Transportes dos EUA, Sean Duffy, dizendo que os funcionários públicos da cidade eram responsáveis.
"A prefeita de Charlotte não quer que a mídia mostre a verdade nua e crua. Por quê? Porque ela e outros funcionários públicos da cidade têm responsabilidade", disse ele.
Ele acrescentou na publicação que o suspeito tem um longo histórico criminal, incluindo pena de prisão por roubo com arma perigosa, invasão de domicílio e furto.
"Ao não puni-lo adequadamente, Charlotte falhou com Iryna Zarutska e com os moradores da Carolina do Norte. Isso é totalmente inaceitável!", acrescentou ele.
O empresário Elon Musk compartilhou diversos posts em seu perfil no X condenando o criminoso, mencionando a impunidade da Justiça americana e a complacência da grande mídia.
Ele também prometeu doar US$ 1 milhão a um financiamento coletivo que angaria fundos para a pintura de grafites com a imagem de Iryna em grandes cidades.
*Sob supervisão de Diego Pavão


